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Sidrolandia

Polícia já tem suspeito de atentado contra presidente do TRE-SE, diz Déda

Marcelo Déda disse que polícia suspeita do um empresário foragido Floro Calheiros, que já teria ameaçado de morte outras autoridades, e não descartou a hipótese de crime por vingança

Abril

19 de Agosto de 2010 - 13:30

O governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), afirmou nesta quinta-feira (19) que a polícia suspeita de que um dos envolvidos no atentado contra o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Estado, o desembargador Luiz Antônio Mendonça, seja o empresário Floro Calheiros, que já teria ameaçado de morte outras autoridades do Estado e está foragido há mais de dois anos. A informação é da rádio CBN.

Déda reforçou ainda que o incidente foi um caso isolado e que não há indícios de ligação com as
eleições. No entanto, ele não descartou a hipótese de crime por vingança, motivado por alguma ação que Mendonça possa ter tomado enquanto secretário de Segurança do Estado ou como promotor.

Mendonça levou um tiro de raspão na altura do ombro durante atentado na manhã de quarta (18). Ele estava em um carro oficial que foi alvejado e o motorista, o cabo da PM Jailton Pereira Batista, 41 anos, ficou gravemente ferido.

O atentado ocorreu por volta das 8h50, quando Mendonça ia de casa para o
trabalho, entre as avenidas Beira-Mar e Silvio Teixeira na capital Aracaju. Mendonça estava num Fiat Linea, do qual se aproximaram quatro homens encapuzados e armados com pistola e uma escopeta calibre 12 que disparam 30 tiros contra o carro.

O desembargador conseguiu se abaixar e foi atingido apenas por estilhaços de vidro e metal. Em
entrevista coletiva nesta quinta, ele afirmou que havia acabado de atender a uma ligação quando percebeu o primeiro disparo, que atingiu o motorista na cabeça. Ele só teria tido tempo de deitar no carro e pegar uma submetralhadora que pertencia ao cabo, com a qual teria atirado para cima para se defender. A informação é da GloboNews.

Ainda na noite de quarta, ao receber alta do hospital, o desembargador descartou motivação eleitoral para o crime. “Eu atribuo (o atentado) naturalmente àqueles que sentiram-se e sentir-se-ão incomodados com a minha atuação como magistrado, como promotor de Justiça”.

Ele disse ainda que “ninguém vai me inibir com esse tipo de ação, vai sentir-se, ao contrário, cada vez mais acovardado”.