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Reforma da Previdência é "mais do que suficiente para ajustar a situação fiscal do país", diz Meirelles
Em reunião com empresários e lideranças políticas em Florianópolis, ministro da Fazenda falou que mudanças no texto original da reforma não diminuem a importância da aprovação.
G1
24 de Novembro de 2017 - 17:29
Em nenhum momento esperávamos que fosse aprovado 100% do projeto [reforma da Previdência]", disse o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, nesta sexta-feira (24) em encontro com empresários e políticos catarinenses, em Florianópolis. Na última quarta-feira (22), uma nova versão da reforma da Previdência, mais enxuta que a proposta anterior, foi apresentada pelo governo.
O projeto inicial previa uma economia nos gastos com aposentadorias de cerca de R$ 800 bilhões em 10 anos no país. Com as alterações, e caso aprovada como está no novo texto, a previsão é cobrir 60% da economia original, com isso, gerar uma redução de R$ 480 bilhões aos cofres públicos em uma década.
Meirelles afirma que, mesmo com a redução significativa, o impacto financeiro seria "suficiente" para as contas públicas. "O projeto como está hoje é um projeto robusto, um projeto sólido e que está dentro da nossas margens, das nossas expectativas anteriores. Portanto, sim, é mais do que suficiente para ajustar e equilibrar a situação fiscal do país", disse Meirelles.
O ministro segue confiante que a reforma seja aprovada ainda este ano. "Não há dúvida que o momento adequado para votação é esse ano. Por isso nós estamos fazendo todo esse esforço para que seja votado esse ano. Em um ano eleitoral normal isso é muito difícil", completou o ministro.
A proposta ainda está em discussão e deve passar por votações no Congresso. Por promover uma mudança na Constituição, ela só entra em vigor se for aprovada por pelo menos 308 deputados em dois turnos de votação na Câmara e mais em dois turnos no Senado.
"O Brasil não vai ter condições de pagar Infraestrutura, Saúde, se não fizer a reforma da Previdência. É o que eu tento explicar para os parlamentares", finalizou.
Economia catarinense
Durante o evento, o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, entregou ao governador Raimundo Colombo e ao ministro da Fazenda a agenda estratégica da indústria de Santa Catarina para desenvolvimento, com 10 medidas.
Segundo Côrte, as reformas atuais do governo federal possibilitam o redirecionamento de verba para investimentos. "O caso da reforma da Previdência Social tem o apoio do empresariado catarinense", afirmou o presidente da federação.
O governador Raimundo Colombo também se diz a favor da reforma. "Nós fizemos a reforma da previdência no estado [servidores estaduais] e, pelo bem do país, ela tem que ser feita", falou Colombo.
Ainda no encontro, o presidente da Fiesc solicitou ao ministro apoio para investimentos na indústria de transporte e concessões de rodovias. "Nossos custos de logísticas são superiores à média nacional".