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Sidrolandia

Só 1,9% dos cursos de graduação tiveram nota máxima em avaliação do MEC

Assim como no ano passado, as faculdades públicas tiveram melhores resultados em relação às particulares.

G1

24 de Novembro de 2017 - 14:36

Somente 1,9% dos cursos superiores avaliados pelo Ministério da Educação (MEC) em 2016 receberam nota máxima. Os dados do Conceito Preliminar de Curso (CPC) foram divulgados nesta sexta-feira (24) para consulta das universidades e estarão disponíveis para o público na segunda-feira (27) no sistema e-MEC (http://emec.mec.gov.br/).

Para avaliar a qualidade dos cursos de graduação, o CPC leva em conta quatro critérios: o desempenho dos formandos no Enade; o que a graduação agregou ao aluno; o corpo docente; e a opinião dos alunos sobre o curso (currículo, infraestrutura e atividades fora de sala de aula). As notas variam entre 1 e 5.

Ao todo, 4.196 cursos foram analisados. Eles pertencem às áreas de saúde e ciências agrárias ou aos eixos tecnológicos em ambiente e saúde, produção alimentícia, recursos naturais, militar e segurança (veja lista abaixo). Para a avaliação, é necessário que o curso tenha ao menos dois estudantes.

O levantamento mostra que 0,4% dos cursos (15) tiveram nota 1; 7% (293), nota 2; 50,5% (2.117), nota 3; 40,3% (1.690), nota 4; e 1,9% (81), nota 5. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), os que tiveram notas abaixo da média tendem a receber visitas in loco de técnicos do MEC para avaliar as razões do resultado.

O coordenador-geral do controle de qualidade do Inep, Renato Santos, explicou que notas baixas não significam necessariamente que o curso é ruim. Ele disse ainda que essas mesmas graduações foram avaliadas pela última vez em 2013.

Os desempenhos melhores foram os das instituições públicas. Entre os fatores que pesaram no resultado está a qualidade dos professores -- tanto por causa do regime de trabalho quanto da capacitação dos docentes.

O secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC, Henrique Sartori, disse ser importante verificar como as instituições vão se comportar a partir das notas dadas. Ele afirmou ainda que todos eles, mesmo os que apresentam notas mais baixas, estão em situação regular.

"Dentro do ambiente regulatório, estamos muito acostumados a verificar quem é ruim. Quem é 1 e quem é 2, quem merece uma sanção, quem merece uma visita", disse.

Sartori declarou ainda que, para ser considerado satisfatório, um curso tem de ter nota a partir de 3. "Os números refletem que há muitos ambientes considerados bons. [...] Os indicadores vão ajudar nas decisões regulatórias com intuito de a gente bonificar as instituições [como aumento de vaga e dispensa de visita]."

Qualidade das instituições

O MEC também divulgou o Índice Geral de Cursos (IGC), indicador de qualidade que avalia as instituições de educação superior.

Os dados do MEC mostraram também que só 1,5% das instituições de ensino superior atingiram nota máxima, enquanto 14,4% tiveram índices considerados insatisfatórios.

O IGC leva em conta, além do conceito dos cursos, a avaliação dos programas de pós-graduação oferecidos pelo estabelecimento. Foram 2.121 organizações analisadas.

Cursos avaliados em 2016

Bacharelados: agronomia, biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço social e zootecnia

Tecnólogos: agronegócio, estética e cosmética, gestão hospitalar e gestão ambiental