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Sidrolandia

Transpetro pode elevar importação de aço, se preço subir

A gente vai ter que continuar comprando aço para construir navio. Se não for aqui, será em outro lugar. Caso contrário, nossa indústria não será competitiva.

O globo

24 de Junho de 2010 - 15:00

Com a alta do preço do minério de ferro e, consequentemente, dos produtos siderúrgicos, a Transpetro, braço logístico da Petrobras, pode elevar a importação de aço para suprir as necessidades de materiais de seu programa de modernização de frota, o Promef, informou nesta quinta-feira o presidente da empresa, Sergio Machado.

A gente vai ter que continuar comprando aço para construir navio. Se não for aqui, será em outro lugar. Caso contrário, nossa indústria não será competitiva.

Até agora 140 mil toneladas de aço já foram compradas para os navios do Promef, das quais 30% no Brasil e 70% de países como Ucrânia, China e Coreia do Sul. No Brasil o único fornecedor é a Usiminas. Além dela, a Transpetro negocia com outras 14 siderúrgicas.

A Vale reajustou o preço do minério de ferro em 90% em abril, levando a aumentos de 10% a 15% no preço dos produtos siderúrgicos. A partir de 1 de julho passa a vigorar novo aumento, de 30% a 35%, que também deve levar a novos reajustes por parte da indústria siderúrgica.

Machado afirmou, no entanto, que não teme uma desnacionalização dos navios. Segundo ele, o navio Celso Furtado, lançado ao mar ontem no estaleiro Mauá, em Niterói, tem índice de nacionalização superior a 70%. O navio foi o primeiro do programa a ser construído no Rio. O último navio construído aqui foi em 1997, pelo estaleiro Eisa.

O Promef engloba 49 navios petroleiros e gaseiros (para transporte de petróleo e gás), dos quais 46 já licitados. Desse total, 16 navios foram encomendados a estaleiros no Estado do Rio fluminenses, o que vai injetar US$ 2,2 bilhões na economia fluminense até 2013 e gerar 50 mil empregos.

No cenário internacional, o Brasil ocupa o segundo lugar e número de encomendas, com os 49 navios, bem atrás dos primeiros colocados. De acordo com o ministro da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito, Coreia do Sul aparece em primeiro lugar (660 navios), a China fica em segundo (460 navios) e o Japão em terceiro (240 navios).