Economia
IGP-M sobe 0,21% em janeiro, após alta de 0,45% em dezembro
Em janeiro de 2022, o índice havia subido 1,82%, com alta de 16,91% acumulada em 12 meses.
CNN Brasil
30 de Janeiro de 2023 - 07:22
O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) registrou alta de 0,21% em janeiro, após subir 0,45% no mês anterior, informou nesta segunda-feira (30) o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV). Em 12 meses, o índice acumula alta de 3,79%.
O resultado mensal veio em linha com a expectativa de analistas, segundo pesquisa da Reuters. Em janeiro de 2022, o índice havia subido 1,82%, com alta de 16,91% acumulada em 12 meses.
O índice é conhecido como “inflação do aluguel” por ser usado para reajustar grande parte de contratos do setor. Segundo o instituto, entre os índices componentes do IGP-M, o índice ao produtor segue registrando arrefecimento das pressões inflacionárias.
“O preço das matérias-primas brutas desacelerou de 2,09% para 1,55% e, entre os bens intermediários, cuja taxa passou de -0,30% para -1,06%, a queda foi intensificada diante do comportamento de combustíveis e lubrificantes para a produção, cujos preços recuaram ainda mais passando de -2,26% para -5,05%”, diz André Braz, Coordenador dos Índices de Preços, em nota de divulgação.
“Na contramão da inflação ao produtor segue a do consumidor, que passou de 0,44% para 0,61% em dezembro, por força do reajuste das mensalidades de escolas e cursos, cujos preços subiram em média 4,55%”, afirma.
Composição do índice
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,10% em janeiro, após alta de 0,47% em dezembro. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais caiu 0,05% em janeiro. No mês anterior, a taxa do grupo havia sido de -0,29%.
“A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -0,29% para 2,64%, no mesmo período. O índice relativo a Bens Finais, que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,10% em janeiro, após queda de 0,09% no mês anterior”, diz a pesquisa. A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -0,30% em dezembro para -1,06% em janeiro.
“O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de -2,26% para -5,05%. O índice de Bens Intermediários, obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,21% em janeiro, ante alta de 0,13% em dezembro”.
O estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 1,55% em janeiro, após alta de 2,09% em dezembro.
“Contribuíram para alta menos intensa do grupo os seguintes itens: minério de ferro (16,32% para 9,26%), cana-de-açúcar (0,28% para -0,60%) e bovinos (1,55% para 0,65%). Em sentido oposto, destacam-se os seguintes itens: leite in natura (-4,75% para 0,22%) soja em grão (-1,52% para -0,92%) e milho em grão (-0,69% para 0,40%)”.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,61% em janeiro, após alta de 0,44% em dezembro.
“Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação (-0,26% para 2,04%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item cursos formais, cuja taxa passou de 0,00% em dezembro para 4,55% em janeiro”.
Registraram decréscimo nas taxas de variação os grupos Alimentação (0,99% para 0,61%), Habitação (0,42% para 0,09%) e Vestuário (0,67% para 0,25%).
“Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: hortaliças e legumes (9,75% para 2,10%), tarifa de eletricidade residencial (1,27% para -0,94%) e roupas (1,01% para 0,24%)”.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,32% em janeiro, ante 0,27% em dezembro.
“Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de dezembro para janeiro: Materiais e Equipamentos (0,37% para -0,26%), Serviços (0,43% para 0,53%) e Mão de Obra (0,16% para 0,77%)”.