Esporte
A 28 meses da Copa, só um estádio tem mais de 50% de obras feitas
Uol
25 de Fevereiro de 2012 - 10:51
Faltando pouco mais de dois anos para a Copa do Mundo de 2014, apenas um dos 12 estádios que serão usados no torneio tem pelo menos metade de sua preparação concluída. A informação consta de um relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) sobre obras para o Mundial.
O documento traz informações sobre todas as obras para a Copa coletadas até janeiro deste ano. Segundo o relatório, o Estádio Castelão, em Fortaleza (CE), é o que está mais adiantado quanto à sua preparação para o torneio. Orçado em R$ 518 milhões, ele tem 50,9% de sua obra já executada.
Na média, a preparação dos estádios está 26% executada, de acordo com o TCU. Esse percentual ainda desconsidera o andamento da obra da Arena Amazônia, não foi informado no relatório elaborado pelo Tribunal de Contas, que fiscaliza os contratos do governo. Como quase todas as obras dos estádios estão recebendo recursos ou empréstimos com dinheiro público, elas foram todas incluídas no relatório.
De acordo com o documento, as obras que mais preocupam são as do Beira-Rio, em Porto Alegre (RS), e da Arena da Baixada, em Curitiba (PR). A reforma do estádio da Copa no Rio Grande do Sul está parada há oito meses esperando um acordo entre o Inter, clube dono da arena, e as construtoras responsáveis pela obra. Já o estádio do Paraná tem só 5,5% da sua obra de preparação para o Mundial concluída, segundo o tribunal.
O Estádio Nacional Mané Garrincha, de Brasília (DF), é que está mais adiantado depois do Castelão. Ele tem 42,5% de suas obras executadas.
Arena Pantanal, em Cuiabá (MT); Arena Fonte Nova, em Salvador (BA); e Mineirão, em Belo Horizonte (MG), vêm em seguida com cerca de 35% das obras prontas. Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ); Itaquerão, em São Paulo (SP); e Arena Pernambuco, em Recife (PE), estão mais de 20% concluídos. Já a obra da Arena das Dunas, em Natal (RN), está 11% executada.
A obra da arena de Natal, inclusive, foi citada como a mais preocupante pelo secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, em sua visita ao Brasil em janeiro. Em entrevista coletiva, Valcke disse até que o estádio poderia ser excluído do Mundial caso não acelerasse suas obras.
À época, a governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, disse que a obra está dentro de seu cronograma e que não há motivos para preocupações.