Esporte
Felipão diz que delegações precisam de "privacidade" durante a Copa
Terra
09 de Fevereiro de 2012 - 10:12
O técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, aconselhou nesta quinta-feira que as cidades paulistas que planejam abrigar as seleções que vão disputar a Copa de 2014 deverão investir em espaços que priorizem a privacidade das delegações, que precisarão de concentração máxima no período que antecede o torneio.
Felipão participou nesta manhã, no Palácio dos Bandeirantes, de um seminário, promovido pelo Comitê Paulista da Copa do Mundo, sobre os desafios para os interessados em ter uma das 31 seleções que disputarão o mundial - o Brasil ficará no Rio de Janeiro. Em São Paulo, 40 cidades são candidatas a abrigar as delegações.
"Falo com a experiência de um técnico que treinou três Seleções (Kuait, Brasil e Portugal) e gostaria de ter em relação aos centros de treinamento. Não gosto de ficar no mesmo hotel com imprensa, com hóspedes. Ficamos em um hotel na Coreia para 600 hóspedes, mas tivemos a privacidade em dois andares. Foi muito importante isso", disse, se referindo à passagem da Seleção Brasileira pela Coreia do Sul, na Copa do Mundo de 2002", disse.
Segundo ele, a proximidade entre o hotel e o centro de treinamento também é essencial. "Conseguimos para treinar um local de uma universidade que não estava dentro dos cadernos da Fifa. Ficamos com três campos de treinamento a 20 minutos do hotel onde estávamos", disse ele, ainda se referindo à Coreia do Sul.
Na opinião dele, o Estado de São Paulo é o que deverá receber o maior número de Seleções. "O que um técnico quer é só isso: três campos para treinar, boa aparelhagem de musculação, hotéis com boa qualidade e bons locais para translado. Não precisa de mais nada, só jogador para ganhar o jogo", afirmou.
O técnico disse que já recebeu no Palmeiras representantes das seleções de Portugal e do Japão, que pediram conselhos a ele.
"Eu acho que fazem muito terrorismo (em relação aos preparativos do Brasil para a Copa). Cobra-se muito e exige-se muito> Muitas vezes nós, em outros países, não temos o que temos aqui. O que é difícil às vezes é valorizar o que temos aqui. Há muita coisa de bom: os batedores da Polícia Militar paulista, os centros de treinamento... Na parte física, somos os melhores, acreditem. Quem já viveu em outros locais pode dizer para vocês", afirmou.