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Policial

Cadeirante de 59 anos é assassinado pelo cuidador em sua residência

Vítima de 59 anos foi encontrada morta em casa com sinais de espancamento.

Folha de Campo Grande

15 de Outubro de 2024 - 08:12

Cadeirante de 59 anos é assassinado pelo cuidador em sua residência
Casa frequentada por usuários, onde ocorreu o crime. Foto: Geniffer Valeriano

Um crime bárbaro chocou a cidade de Campo Grande na madrugada desta segunda-feira (14). José Roberto, de 59 anos, um cadeirante, foi encontrado sem vida em sua residência, localizada no Conjunto José Abrão. A causa da morte foi espancamento, segundo laudo pericial. O cadeirante José Roberto, de 59 anos, morreu após ser espancado na residência onde vivia, na Rua Joaquim Lacerda, no Conjunto José Abrão, em Campo Grande.

Segundo a delegada Barbara Camargo, da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, o corpo da vítima foi encontrado dentro da casa e tinha sinais de espancamento. A perícia apontou que a morte ocorreu no início da madrugada.

O principal suspeito do crime é o cuidador da vítima, um homem de 33 anos que dividia a casa com José. Questionado pela polícia, ele inicialmente tentou culpar outras pessoas, mas acabou confessando o crime. Segundo o suspeito, ele agiu em legítima defesa, alegando que o cadeirante teria tentado estuprá-lo enquanto dormia.

A delegada Bárbara Camargo, responsável pelo caso, afirmou que a versão do suspeito está sendo investigada com cautela. “Estamos analisando todas as evidências e ouvindo testemunhas para esclarecer o que realmente aconteceu”, disse a delegada.

A polícia ainda investiga os detalhes do crime, mas já se sabe que a vítima e o suspeito dividiam a casa há algum tempo. O cuidador era responsável por auxiliar José nas atividades do dia a dia, em troca de moradia e alimentação.

Na madrugada do crime, os vizinhos não ouviram nenhum barulho ou discussão que indicasse que algo estava errado. Foi somente mais tarde, quando o cuidador não abriu a porta para os vizinhos, que a polícia foi acionada.

A alegação de legítima defesa apresentada pelo suspeito será analisada pela justiça. A delegada Bárbara Camargo ressalta que a investigação ainda está em andamento e que outras provas podem surgir. “É importante ressaltar que a palavra final cabe ao Poder Judiciário”, afirmou.

O caso gerou comoção na comunidade e reacendeu o debate sobre a violência contra pessoas com deficiência. A morte de José Roberto evidencia a vulnerabilidade desse grupo e a necessidade de políticas públicas mais eficazes para garantir a segurança e os direitos das pessoas com deficiência.

A polícia continua investigando o caso e ouvindo testemunhas. O suspeito foi preso em flagrante e será submetido a audiência de custódia para definir sua situação processual.