Policial
Siqueira é preso por calote de R$ 300 mil
O calote teria alcançado a cifra de R$ 300 mil. Ao menos 22 pessoas entraram na Justiça contra o ex-garagista
Midiamax
25 de Janeiro de 2011 - 16:48
O ex-garagista Genival Siqueira, 61, acusado por estelionato e formação de quadrilha, tido como foragido desde novembro passado, foi preso na tarde desta terça-feira durante audiência realizada no fórum de Campo Grande.
Ele sabia que seria encarcerado e, antes de entrar no prédio, disse que tinha se preparado para a prisão, que estava "envergonhado" pelo que fez e pediu "desculpas" às vítimas.
Siqueira, segundo denúncia preparada pelo MPE (Ministério Público Estadual), negociava carros de terceiros em sua empresa, a Siqueira Automóveis, já fechada, mas não repassava o dinheiro aos donos.
O calote teria alcançado a cifra de R$ 300 mil. Ao menos 22 pessoas entraram na Justiça contra o ex-garagista. Nenhuma das vítimas apareceu no fórum nesta tarde.
O advogado Alberto Gaspar Neto, defensor de Siqueira, já havia movido um recurso contra o mandato de prisão preventiva, mas o TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negou o pedido.
Gaspar Neto disse que moveu outro recurso como tentativa de livrar o ex-garagista da prisão, desta vez no STJ (Superior Tribunal de Justiça), corte que ainda analisa o pedido.
A audiência conduzida pelo juiz Olivar augusto Robert Coneglian, começou às 13h10 minutos e terminou às 14h45 minutos. Siqueira saiu do prédio sob a escolta de dois policiais militares. Ele não foi algemado.
Dali, o ex-garagista seria levado para o Centro de Triagem, unidade penitenciária que fica ao lado do presídio de Segurança Máxima.
A intenção de Siqueira, segundo ele, é negociar seu único bem, uma casa avaliada em torno de R$ 400 mil, dinheiro que daria para quitar sua dívida com as vítimas.
Ocorre que o imóvel está penhorado por uma questão judicial no valor de R$ 70 mil.
Siqueira já havia sido preso em abril do ano passado por conta dos golpes. Além dele foram detidas a mulher, duas filhas e uma irmã, já em liberdade. À época, o ex-garagista ficou detido por 12 dias, mas foi solto por força de liminar.
O MPE recorreu da decisão e, em novembro passado, a Justiça determinou a prisão a dele de novo.