Política
Com desfalque na base, desafio da gestão será garantir maioria para projetos que exigem 2/3
Um dos projetos que será encaminhado será o de reforma da previdência municipal que elevará de 11 para 14% a alíquota de contribuição do servidor para o Previlândia.
Flávio Paes/Região News
05 de Julho de 2021 - 07:57
O primeiro desafio da prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo, na volta do recesso da Câmara em agosto, será garantir maioria de 2/3, ou seja; 10 vereadores, para aprovar projetos de lei complementar, como o orçamento, a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), plurianual, mudanças tributárias, reforma administrativa, isenção fiscal e concessão de títulos de cidadania.
Um dos projetos que será encaminhado será o de reforma da previdência municipal que elevará de 11 para 14% a alíquota de contribuição do servidor para o Previlândia. Levando em conta o resultado da votação que culminou na eleição da nova presidente da Câmara, Juscinei Claro, a base da administração conta com 9 vereadores, o Governo terá de buscar fora da base 1 voto para garantir o quórum qualificado.
Pelo menos um vereador da oposição, Carlos Henrique (PSDB), já manifestou na tribuna disposição de apoiar os projetos do Executivo desde que julguem de interesse da sociedade. O ex-vereador Waldemar Acosta (PDT) deve ser nomeado chefe de gabinete e terá como principal tarefa, fazer a interlocução com o Legislativo, se valendo da sua experiência de três mandatos na Câmara.
O vereador Elieu Vaz, que junto com o vice-presidente Sandro Gonzáles, abriu dissidência da base, garante: não pretende assumir postura de oposição sistemática ao Governo. "Vou cumprir com a missão para a qual fui eleito, que é de legislar e fiscalizar o Executivo. Votarei conforme minha consciência", afirma.
Elieu garante que decidiu se insurgir contra a eleição do novo presidente da Câmara no último dia 2, se alinhando com a tese do presidente em exercício, Sandro Gonzáles, pela eleição do novo presidente no próximo dia 3 de agosto, primeira sessão ordinária após o recesso parlamentar. "O Regimento Interno dá ao presidente a prerrogativa de marcar a eleição, em caso de vacância num dos cargos da Mesa Diretora, para a próxima sessão ordinária", comenta.
Elieu diz que manifestou publicamente apoio ao nome da vereadora Juscinei Claro para presidir à Câmara, embora tenha sido alijado de todo o processo de articulação. "Não fui convidado para aquela reunião na Prefeitura em que foi sacramentado o apoio a vereadora", explica.
O vereador garante que honrou o compromisso de apoiar a eleição da prefeita Vanda como presidente da Câmara que abriu caminho para ela se tornar prefeita interina até a eleição suplementar. Acusado de não ter engajado na campanha da prefeita, Elieu refuta e assegura: seu grupo se engajou na campanha, fez adesivagem, tudo registrado nas redes sociais.
Em entrevista ao RN, o parlamentar afirma que; "Embora fosse convidada, a prefeita não prestigiou nenhum destes atos", lembra. O vereador garante que o espaço aberto na administração para seus correligionários decorreu do envolvimento deles na campanha da prefeita na eleição suplementar.