Região
MS tem 44 mil mulheres a mais que homens
Nacionalmente, os números mostram que no ano passado haviam 6 milhões de mulheres a mais que homens.
Correio do estado
27 de Outubro de 2023 - 13:34
Dados do Censo 2022, divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que a população feminina no último ano era 43.983 pessoas a mais que os homens em Mato Grosso do Sul.
Com o total de 1.400.498 mulheres contabilizadas em 2022, elas eram mais da metade da população (50,8%), enquanto eles somaram 1.356.515 homens, com esses dados norteando daqui para frente as políticas públicas na área da saúde.
Chamado de "razão de sexo", esse indicador mostra o total de homens para cada 100 mulheres, sendo que, pelo envelhecimento da população, a expectativa é que a soma dos masculinos seja ligeiramente menor na comparação de gênero.
Segundo o IBGE, isso se dá porque elas apresentam, em média, uma mortalidade menor em todas as etapas da vida. Em Mato Grosso do Sul, a razão de sexo - segundo dados do Censo 2022 - ficou em 96,9. Nacionalmente, os números mostram que no ano passado haviam 6 milhões de mulheres a mais que homens.
Análise de municípios
Ainda segundo o Instituto, os números mostram que Mato Grosso do Sul só reverteu a tendência de maioria masculina, observada desde 1980 (quando a razão era de 106), a partir de 2010, quando o indicador caiu para 99,3.
Ainda que no total geral do Estado elas sejam maioria, há, sim, aqueles municípios com razão de sexo acima da casa de 100, ou seja, onde o volume de homens supera o de mulheres, como, por exemplo:
- 112,2 | Dois Irmãos do Buriti
- 112,0 | Jaraguari
- 109,9 | Figueirão
- 109,3 | Paraíso das Águas
- 107,7 | Alcinópolis
Além da Capital, que aparece com razão de 92,2, do lado debaixo da tabela, há mais mulheres que homens nos municípios de Três Lagoas (95,9); Ponta Porã (95,1); Fátima do Sul (92,3) e Mundo Novo (91,9).
Elas e eles no Brasil
Nacionalmente, essa tendência de maioria feminina também é observada, com elas sendo 51,5% (104.548.325 no total)da população que mora no Brasil, e os dados mostram que essa predominância tem ficado cada vez mais "elástica" com o passar dos anos.
Em 1980, por exemplo, a razão de sexo girava em 98,7 homens para cada mulher, número que caiu para 96 em 2010, tendência essa relacionada diretamente com a maior mortalidade deles, desde bebê até a "melhor idade".
"Além disso, nas idades adultas, a sobremortalidade masculina é mais intensa. E, com o envelhecimento populacional, a redução da população de 0 a 14 anos e o inchaço da população mais idosa, há um aumento da proporção de mulheres, já que elas sobrevivem mais em relação aos homens", esclarece a gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE, Izabel Marri.
Entre as regiões, o sudeste aparece com a menor proporção de homens, sendo a razão de 92,9 no ano passado. Depois aparecem, respectivamente, o Nordeste (93,5); Sul (95,0); Centro-Oeste (96,7) e Norte (99,7).
Eles aparecem como maioria quando lançado o olhar sobre a população até 19 anos. Nessa faixa etária, a proporção medida em 2022 foi de 103,5 homens para cada 100 mulheres na faixa de 0 a 4 anos.
Já elas seguem comandando em boa parte das faixas etárias, chegando a praticamente o dobro (50,4) quando medido o grupo entre 90 e 94 anos, enquanto a partir de 100 anos o indicador chegou a 38,8.
Outra característica interessante é vista na comparação entre a população dos municípios. Aqueles com mais habitantes há uma proporção menor de homens em relação às mulheres.
Esses números vão de 102,3 homens por mulher, nos municípios com até 5.000 habitantes, até 88,9 para os municípios com mais de 500 mil, confirma a comunicação do Instituto em nota.