Saúde
MS registra 3º caso suspeito de fungo negro
O Estado já teve um caso confirmado de fungo negro em um paciente com coronavírus.
Midiamax
20 de Agosto de 2021 - 09:00
Mato Grosso do Sul registrou a terceira notificação de caso suspeito para fungo negro em paciente com coronavírus. O caso ocorreu em Dourados, a 225 km da Capital, em um paciente de 31 anos.
A SES (Secretaria de Estado de Saúde) divulgou que o caso foi notificado na segunda-feira (16) ao CIEVS (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde). O paciente não tem comorbidades e está internado em leito clínico, recebendo tratamento com Anfotericina B. A secretaria informou que a amostra do paciente foi colhida na quinta-feira (19) e encaminhada ao Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul).
O Estado já teve um caso confirmado de fungo negro em um paciente com coronavírus. O paciente tinha 71 anos, era diabético e tinha hipertensão arterial sistênica. Ele não resistiu e morreu, mas o exame da confirmação para o fungo negro só saiu quase dois meses depois do óbito do paciente.
Um outro caso suspeito em MS foi notificado em junho, em Corumbá. O paciente tinha 50 anos, e recebeu alta hospitalar, mas o caso foi descartado para fungo negro, com resultado da cultura negativo.
O que é fungo negro?
Fungo negro ou mucormicose é o termo usado para se referir a toda infecção fúngica causada por fungo da classe Zygomycetes e ordem Mucorales. As pessoas contraem mucormicose entrando em contato com os esporos fúngicos no ambiente.
Desde o início de maio, médicos na Índia começaram a registrar aumento de casos de mucormicose. Os infectados eram pacientes com coronavírus ou que tinham se recuperado da covid recentemente. Segundo especialistas, isso acontece porque o sistema imunológico foi enfraquecido pelo vírus, ou seja, o paciente tem imunidade baixa.
Os pacientes com infecção por fungos podem apresentar sintomas como a congestão nasal e sangramento, além de inchaço, dor nos olhos e visão turva. Nos piores casos, a infecção pode levar o paciente a perder o olho.
“O tratamento envolve remover cirurgicamente todos os tecidos mortos e infectados. Em alguns pacientes, isso pode resultar em perda da mandíbula superior ou às vezes até mesmo do olho. A cura também pode envolver de 4 a 6 semanas de terapia antifúngica intravenosa. Como afeta várias partes do corpo, o tratamento requer uma equipe de microbiologistas, especialistas em medicina interna, neurologistas intensivistas, oftalmologistas, dentistas, cirurgiões e outros”, explica a SES.