Sidrolândia
Antes de morrer Luiz Otávio relatou que assassino o fez ajoelhar e rezar, conta testemunha
Esta versão, foi confirmada pelo irmão mais velho de Luiz Otávio, de 13 anos, que testemunhou o crime.
Flávio Paes/Região News
09 de Junho de 2019 - 20:03
Em depoimento à Polícia, Alécio Ribeiro dos Santos, 38 anos, que sábado fez da sua caminhonete cabine dupla lotação para levar a família de Luiz Otávio Santana até a Fazenda Furnas, região da Serra Cerro Corá, disse ter ouvido o relato do garoto, enquanto o trazia (já ferido) para atendimento no hospital, de que o autor do disparo, Ivan Alyffer Albuquerque, obrigou ele a se ajoelhar, rezar um pai nosso e aí então fez um disparo a queima roupa que acabou matando o garoto. Esta versão, foi confirmada pelo irmão mais velho de Luiz Otávio, de 13 anos, que testemunhou o crime.
Alécio foi contratado no sábado por familiares de Luiz Otávio para levá-los até a Fazenda Furnas, onde passariam algumas horas de lazer. Permaneceu na sede da propriedade enquanto aguardava o horário de fazer a viagem de retorno à cidade. Em determinado momento percebeu o tumulto. Ouviu disparo, viu a imobilização do autor, que acabou vindo na caminhonete quando o garoto ferido era trazido para ser socorrido no hospital. No trajeto, pouco antes de morrer, Luiz Otávio, relatou o que aconteceu, pediu para Alécio puxar uma das suas pernas e em seguida faleceu.
Quando a Polícia Militar (acionada por familiares) se aproximou da caminhonete, Ivan tentou escapar, mas foi contido por Alécio. Ao ser preso pela guarnição, o rapaz alegou que o disparo foi acidental, chorou bastante e disse que não havia feito nada.
Conforme o auto de prisão em flagrante, familiares da vítima relataram que o suspeito saiu para pescar jacaré numa mata na Fazenda Furnas, levando Luiz e o irmão dele. Após o disparo, Ivan tentou fugir em meio à vegetação, mas foi contido pelos moradores do entorno.
Foi apreendida a arma do crime, um revólver calibre .22 com quatro munições, sendo uma deflagrada. No relato que fez à Polícia, o irmão de Luiz Otávio também contou esta versão sobre os momentos que antecederam o que parece ter sido uma execução: no retorno da caçada (ou pesca), Ivan pediu para Luiz se ajoelhar e rezar o pai nosso, .odem acatada pela criança. Depois disso, o suspeito chamou os irmãos de vagabundo, foi quando Luiz soltou a mão do criminoso, que nesse momento, teria puxado o gatilho e atirado.
Após os disparos, o rapaz começou a chorar., enquanto o irmão de Luiz Otávia corria para chamar a mãe. Na delegacia, Ivan alegou que o disparo foi acidental, que o tiro era para acertar o jacaré. Ivan é casado com uma adolescente de 16 anos (prima dos garotos) e já respondeu a processo por violência doméstica.
A dona de casa Maria Aparecida Santana Flores, 48 anos, mãe de sete filhos contando com a vítima, disse que só deixou os filhes irem caçar com o autor, porque não sabia que ele estava armado.