Sidrolândia
Com impacto menor da seca, Sidrolândia vai retomar 2ª posição de maior produtora de soja do Estado
Os produtores sidrolandenses devem colher 952.744,25 toneladas, enquanto em Ponta Porã, a produção chegará a 946.409,20/t.
Redação/Região News
10 de Janeiro de 2022 - 07:12
A seca ou volume de chuva insuficiente, que atingiu de forma mais dura um dos maiores polos de produção de soja do Estado, 2022 vai permitir que Sidrolândia salte uma posição e volta a ser o segundo maior polo estadual de produção do grão, atrás apenas de Maracaju. Depois de três safras a produção sidrolandense voltará superar a de Ponta Porã. A cidade da fronteira, embora com área plantada maior (302.232,00 hectares ante os mais de 261 mil hectares sidrolandenses), terá uma produção menor.
Os produtores sidrolandenses devem colher 952.744,25 toneladas, enquanto em Ponta Porã, a produção chegará a 946.409,20/t. Conforme relatório da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja) sobre o impacto da estiagem nas lavouras, mostra que só 3% da área plantada, 7.838,94 hectares, foram drasticamente afetados pela seca e 7% (18.290,85 hectares), apenas parcialmente.
O impacto calculado foi uma queda de 11,17% na produtividade. A previsão é que ao invés de serem colhidas 67,14 sacas por hectare, como na safra passada, a produtividade fique em 60 sacas. Nesta estimativa, serão colhidas 952.744,25 toneladas, uma redução de 3,27% sobre o resultado da safra passada, 983.911,32 toneladas, em 244.243,70 hectares plantados.
Em Ponta Porã, onde a área plantada passou de 282.506,19 hectares para 302.292,00/ha, a seca comprometeu 23% desta área (69.513,36 hectares). Resultado: queda da produtividade, de 65,74 para 52,19 sacas por hectare. A produção reduzirá 15%, de 1.114.317,42 (mais de 1,1 milhão de toneladas) para 946.400,29 toneladas. O presidente do Sindicato Rural, Paulo Stefanello, acredita que a depender do regime de chuva até março, quando começa a colheita, a perda decorrente da seca seja abaixo dos 11% previstos.
Na liderança do ranking estadual, continua Maracaju, praticamente não houve quebra de produção. A produtividade deve ficar em 61,70 sacas por hectare. Com 342 mil hectares plantados, a produção vai atingir 1,268 milhão de toneladas. Em Dourados, 4ª colocada no ranking estadual, 30% da área plantada de 230 mil hectares (69 mil hectares) comprometidos. No plano estadual, que computou 3,7 milhões de hectares, 26% (970 mil hectares) tiveram a produtividade afetado duramente.
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