Sidrolândia
Produtores do Eldorado bloqueiam MS-258 em protesto contra falta de energia
Um grupo de 50 produtores bloqueiam um trecho da MS-258, a 5 km da BR-060, em protesto contra a Energisa.
Redação
19 de Outubro de 2021 - 19:36
Por uma hora e meia, entre 15h30 e 18 horas desta terça-feira (19), um grupo de 50 produtores bloqueiam um trecho da MS-258, a 5 km da BR-060, em protesto contra a Energisa que desde o início da tarde de sexta-feira, deixa praticamente sem energia elétrica toda a zona rural de Sidrolândia. O objetivo da manifestação, segundo os líderes da mobilização, é chamar a atenção das autoridades para os prejuízos que estão acumulando e o descaso da distribuidora de energia.
Conforme relata o vereador Itamar de Souza, que junto com o colega de Câmara, Cledinaldo Cotócio esteve no ato, os assentados da região do Complexo Eldorado, perderam alimentos que estavam em geladeiras e freezers (muitos queimaram por causa da oscilação da energia). Estão sem água (porque as bombas dos poços dependem da energia pra funcionar).
Entre os manifestantes a professora Regiane Dias que mora no travessão 2 do Alambari CUT, perto da agrovila do Capão Seco. A luz começou a oscilar na quarta-feira e apagou as 4 horas da manhã de quinta-feira.
A professora perdeu os alimentos que mantinha na geladeira. Para saciar a sede das 4 vacas que tem no pasto, leva de carro em tambores a água puxada do poço que o sogro dela tem num lote vizinho. Um conhecido dela, do Travessão do Careca , perdeu duas novilhas que estavam no freezer. "A gente liga pra Energisa não é atendido e quando atendem, prometem enviar equipes que nunca chegam’’.
Perto de onde mora, no núcleo urbano tem luz desde domingo. Pelo menos 200 famílias do Alambari CUT e outras 200 do Bafo da Onça estão na mesma situação . As oscilações de energia e apagões curtos são constantes. A luz já voltou no incubatório da JBS e na sede do assentamento, onde teve aula normalmente nesta terça-feira.
O diretor da escola, Jorge Estevão, que vinha de Campo Grande, ficou alguns minutos esperando os manifestantes que a cada 15 minutos liberava a passagem num dos sentidos.
No Assentamento Santa Terezinha, saída para Nioaque, os agricultores querem que a Prefeitura mande um caminhão pipa para atender o gado. Valdecir de Souza, está recorrendo a um vizinho que tem um moinho de vento para abastecer a caixa d'água do sítio. Fios da rede, que se partiram com a tempestade, podem ser vistos pendurados tanto no Santa Terezinha, quanto no Eldorado.