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SIDROLÂNDIA- MS

Após 3 anos do assassinato de adolescente, envolvidos estão em liberdade

Ela foi vítima fatal involuntária da rixa do seu namorado com um desafeto dele que a matou com um tiro a queima-roupa.

Redação/ Região News

04 de Fevereiro de 2024 - 19:16

Após 3 anos do assassinato de adolescente, envolvidos estão em liberdade
Pâmela Silveira Saturnino. Foto: Divulgação

Há quase três anos, na madrugada de 14 de fevereiro de 2021, uma adolescente de 17 anos, Pâmela Silveira Saturnino, que estava grávida, era assassinada. Ela foi vítima fatal involuntária da rixa do seu namorado com um desafeto dele que a matou com um tiro a queima-roupa.

Marcos Henrique Sanches Echeverria, que era o alvo do disparo, atualmente é o único dos envolvidos no homicídio ainda preso, depois de ser capturado em fevereiro do ano passado na capital de Sergipe, Aracaju, para onde se mudou. Ele teve prisão preventiva decretada, acusado de tentativa de homicídio, praticada dia 31 de julho de 2022, atentado em que a vítima foi Ivandrei Marcelino Batezini.

Na semana passada foram ouvidas em audiência de instrução e julgamento a vítima e a algumas testemunhas. O juiz Fernando Moreira Freitas rejeitou o pedido de revogação da prisão e marcou para o próximo dia 7 de março, às 14h30, o interrogatório de Marcos Henrique.

O autor do crime, Emerson Rebello Ferreira, embora condenado a 12 anos de prisão em regime fechado, no julgamento do tribunal do júri realizado em junho de 2022, já está em liberdade com uso de tornozeleira eletrônica.

Ele matou Pâmela Silveira com um tiro que a acertou na cabeça pesaram contra o acusado, provas testemunhais e o exame do laudo necroscópico. O exame residuográfico apontou que os "materiais colhidos da mão direita de Emerson apresentaram vestígios compatíveis com fragmentos de chumbo". Ou seja, evidência de que fez disparos de arma de fogo.

O namorado da vítima, Marcos Henrique Sanches, que também atirou em Emerson e num comparsa dele, um adolescente, foi absolvido e colocado em liberdade. A juíza Silvia Tedardi entendeu que o rapaz agiu em legítima defesa, "utilizou-se dos meios necessários moderadamente, pois as vitimas também estavam com arma de fogo e efetuaram disparos; agiu para garantir sua integridade física", destacou a magistrada.

Tiroteio

A adolescente Pâmela morreu com um tiro na cabeça enquanto estava no veículo Gol que era conduzido por Marcos Henrique Sanches, de 22 anos, na Avenida Dorvalino dos Santos. A suspeita inicial da polícia é de que Marcos tinha uma "rixa" com o adolescente e Emerson, que também ficaram feridos na confusão. Marcos era namorado da vítima. Segundo o auto de prisão em flagrante, pela dinâmica apresentada anteriormente, Marcos teria sido o autor dos disparos que atingiram Emerson (no braço), e o adolescente (no pescoço).

A Polícia Civil acabou concluindo durante a investigação que um outro adolescente, de 17 anos, que até então era o principal suspeito da morte estava acobertando o verdadeiro culpado.

A farsa foi descoberta graças ao depoimento de uma amiga da vítima, que estava no banco de trás do veículo Gol onde Pamela foi executada. De acordo com a testemunha, Emerson estava debruçado sobre a janela do passageiro do veículo, se afastou e fez o disparo a queima roupa que matou a garota.

Em novembro do ano passado, Emerson voltou aos bancos dos réus, desta vez acusado de ter matado a tiros Devid Thiel de Lima. O crime foi na Rua Leôncio de Souza Brito, às 2h34 da madrugada do dia 12 de agosto. Emerson foi condenado a 13 anos e 6 meses de reclusão, mas ele não foi para a cadeia porque teve assegurado o direito de recorrer da sentença em liberdade.