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SIDROLÂNDIA- MS

Centro de Parto Normal fecha dia 1⁰ se não tiver recurso para equipe de retaguarda

Atualmente o hospital recebe R$ 75 mil para manter o CPN, sendo R$ 50 mil do Ministério da Saúde e R$ 25 mil do Estado.

Redação/Região News

08 de Fevereiro de 2023 - 15:21

Centro de Parto Normal fecha dia 1⁰ se não tiver recurso para equipe de retaguarda
Roseli Corrêa, diretora administrativa do hospital. Foto: Divulgação.

Exatamente no mês que completará 7 anos, o Centro de Parto Normal Magdalena Targa do Nascimento vai encerrar suas atividades. A unidade, referência regional no parto humanizado, fechará no próximo dia 1⁰ de março se não forem viabilizados R$ 200 mil por mês para custear uma equipe de retaguarda que intervirá em caso de intercorrência com as gestantes ou os recém-nascidos.

Atualmente o hospital recebe R$ 75 mil para manter o CPN, sendo R$ 50 mil do Ministério da Saúde e R$ 25 mil do Estado. Ano passado foram feitos 235 partos normais, o que corresponde a 25% das crianças registradas no cartório de Sidrolândia.  A média de 20 partos mensais, corresponde a metade do quantitativo pactuado com o Ministério.

Exatamente no dia 28 de fevereiro vence o prazo acordado com o Ministério Público para o hospital montar uma equipe de retaguarda. Esta equipe formada por médicos (obstetra, anestesista e pediatra) e enfermeiros é pré-requisito do Ministério da Saúde para manter o centro habilitado.

A falta deste suporte profissional gerou uma ação civil da Promotoria que já há alguns anos vem protelando a execução. Em dezembro, como não havia mais postergar o cumprimento da exigência, foi concedido este prazo de 90 dias para o hospital regularizar a situação.

Segundo a enfermeira Roseli Corrêa, diretora administrativa do hospital, só em dezembro, das 38 gestantes que fizeram o pré-natal no CPN, 42% (16) tiveram de ser levadas para Campo Grande porque o trabalho de parto não evoluiu naturalmente e houve necessidade de levá-las para hospitais da Capital com estrutura completa de maternidade. Se já tivesse sido contratada a equipe de retaguarda os partos poderiam ser feitos na cidade.

A intenção do hospital, de acordo com Roseli, é manter o Centro funcionando e para isto vai buscar parceria com o Estado na expectativa de buscar os recursos necessários para custear a equipe de retaguarda, que além de atender o CPN, fará as cesáreas. Nesta quarta-feira a diretora administrativa tem agenda com o secretário estadual de Saúde, Maurício Simões.