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SIDROLÂNDIA- MS

Juiz corrige sentença e garante a jovem direito de recorrer em liberdade de pena por tráfico

Na semana passada, o magistrado alterou sua decisão, garantindo à acusada o direito de recorrer da sentença em liberdade.

Redação/Região News

01 de Setembro de 2024 - 19:58

Juiz corrige sentença e garante a jovem direito de recorrer em liberdade de pena por tráfico
Fórum de Sidrolândia. Foto: Arquivo RN

O juiz criminal Fernando Moreira Freitas da Silva reviu parcialmente a sentença que condenou uma jovem de 24 anos, I.C.G.S., a 10 anos e dois meses de prisão por tráfico de drogas. Na semana passada, o magistrado alterou sua decisão, garantindo à acusada o direito de recorrer da sentença em liberdade.

No despacho, o juiz identificou uma brecha deixada pelo Ministério Público que, nas alegações finais, não pediu a condenação da traficante em regime fechado e, por isso, "é vedado ao juiz decretar a prisão preventiva". I.C.G.S., que foi presa no dia 23 de fevereiro de 2022, estava em liberdade desde o dia 22 de junho do mesmo ano, por decisão do então juiz Cláudio Muller Pareja.

A jovem I.C.G.S., de 24 anos, residente em Rondonópolis, foi presa no dia 23 de fevereiro de 2022, transportando 16,4 kg de maconha. Além de já ter uma condenação por tráfico de drogas, ela confessou ser integrante do Comando Vermelho, facção criminosa que atua na cidade mato-grossense.

O comparsa da jovem, W.P.M.A., de 21 anos, que ela contratou por R$ 2 mil para acompanhá-la na viagem, recebeu uma pena mais leve de 4 anos e 10 meses em regime semiaberto, por ser réu primário e, claramente, estar atuando como mula.

Os 16,4 kg de maconha foram apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal na Base Operacional de Sidrolândia. A droga estava em duas mochilas escolares: uma entre as pernas de W.P.M.A. e a outra no bagageiro acima do assento. O suspeito foi levado para a delegacia, e o ônibus foi liberado para seguir viagem. Para os policiais que o prenderam, ele disse que a droga pertencia a uma jovem que, ao perceber a aproximação deles, mudou de assento para uma poltrona vazia.

Na delegacia, deu outra versão, contando que é de Santa Maria do Oeste, cidade do interior do Paraná. Ele se mudou para Dourados, onde arrumou emprego como recepcionista de hotel. Após pedir demissão, foi para Ponta Porã, onde, por seis dias, dormiu em um albergue e na rodoviária, onde recebeu a proposta de levar 20 tabletes de maconha, um serviço que lhe renderia R$ 2 mil.

Os policiais não se convenceram e saíram em diligências para Campo Grande, onde a cúmplice do rapaz foi presa quando já havia embarcado em um ônibus que a levaria até Rondonópolis. Ela acabou confessando que havia contratado um desconhecido em Ponta Porã para acompanhá-la na viagem.