SIDROLÂNDIA- MS
Ministério Público defende semiaberto para policial penal aposentado condenado por tráfico de drogas
O juiz Fernando Moreira Freitas da Silva sentenciou o policial penal aposentado, que chegou a ser diretor-adjunto do presídio de Ponta Porã, a 5 anos de prisão.
Redação/Região News
01 de Setembro de 2024 - 18:52
Preso há quase 9 meses e condenado por tráfico de drogas a 5 anos de prisão no regime fechado, o policial penal aposentado, Hugo Vacaro, pode, em breve, deixar o presídio e cumprir pena com uso de tornozeleira eletrônica. Na última sexta-feira, o procurador André Antônio Camargo Lorenzoni, da 9ª Procuradoria de Justiça Criminal, encaminhou parecer ao relator da apelação criminal, desembargador Fernando Paes Campos, favorável ao pedido da defesa para que o réu cumpra pena no regime semiaberto.
O juiz Fernando Moreira Freitas da Silva sentenciou o policial penal aposentado, que chegou a ser diretor-adjunto do presídio de Ponta Porã, a 5 anos de prisão, negando a ele o direito de recorrer em liberdade. "No caso concreto, o réu foi preso com considerável quantidade de droga, 26,95 kg de skunk, de modo que fica afastada a tese do tráfico privilegiado."
Prisão
Em dezembro, o desembargador Fernando Paes Campos negou a liminar no pedido de habeas corpus e manteve a preventiva do policial penal aposentado Hugo Vacaro. No dia 4 de outubro, ele foi preso pela Polícia Rodoviária Federal transportando 26,96 kg de maconha do tipo skunk numa caminhonete Toyota Hilux, placa NGI7B5.
Ao decidir por manter preso o policial penal aposentado, o desembargador lembrou que "a concessão de liminar em habeas corpus traduz medida excepcionalíssima, apenas recomendada em casos particulares. No caso em apreço, não se verifica a presença dos requisitos necessários à concessão da tutela da urgência, eis que não transparece, ao menos sob análise superficial deste momento, qualquer ilegalidade ou abuso de poder no ato atacado", argumenta o desembargador em seu despacho.
Hugo Vacaro foi preso na MS-162, saída para Maracaju. Ele teria sido contratado em Ponta Porã para levar a droga até um posto de gasolina na entrada de Campo Grande.
Interrogado na delegacia, ele disse ter sido contratado por um traficante por R$ 40 mil, que o estaria ameaçando de morte caso não pagasse uma dívida nesse valor. Segundo essa versão, o policial recebeu a caminhonete já carregada de droga num posto de gasolina.
Pegou estrada por volta das 4 horas da manhã daquele dia, 4 de outubro. Ao ser abordado pelos policiais, mostrou a identidade funcional e informou estar indo à capital, onde faz tratamento contra o câncer.
Apresentou documentos com o agendamento para março. Questionado sobre a discrepância de o agendamento estar com quase 7 meses de atraso, entrou em contradição, o que levantou suspeitas e motivou a revista no carro. Foram encontrados 52 pacotes de skunk num compartimento da carroceria.