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Sidrolandia

Baixa remuneração desmotiva produtores que saem da atividade e deixam 120 aviários desativados

A produção hoje é garantida por 420 aviários, mas há 120 desativados, pertencentes aos avicultores que desistiram da atividade.

Flávio Paes/Região News

14 de Janeiro de 2018 - 19:25

Além da dificuldade de captar recursos do FCO (linha de crédito mais acessível em termos de encargos financeiros) os avicultores reclamam da baixa de remuneração (R$ 0,62 por cabeça de frango), que seria insuficiente para cobrir os custos de produção, em torno de R$ 0,65, que com os encargos do financiamento sobem para R$ 0,85.

A produção hoje é garantida por 420 aviários, mas há 120 desativados, pertencentes aos avicultores que desistiram da atividade. “Desisti da atividade porque quis continuar pagando para trabalhar na suinocultura”, informa Jair Schleicher, que fechou seus sete aviários no distrito de Quebra Coco e vai se dedicar a suinocultura, integrado ao frigorífico da Cooperativa Aurora em São Gabriel do Oeste.

Ele revela que um estudo do Sebrae mostrou um custo de produção de R$ 0,75 por animal e de 25 avicultores pesquisados, só quatro tinham algum lucro. “Esta conta não fecha. Não vejo lógica de se endividar sem haja garantia de retorno”, comenta.

Um produtor entrevistado pelo Região News, que pede para não ter o nome divulgado, tem na ponta do lápis alguns custos fixos na atividade que comprometem a lucratividade. O insumo mais caro é a energia elétrica, que representa um custo médio de R$ 0,17 cabeça; seguido da mão-de-obra, R$ 0,13.

“Estamos praticamente pagando para produzir”, assegura um avicultor, há muito tempo na atividade, com 36 galpões de produção, que se mantém no anonimato para não se indispor com a empresa.