Brasileiros na Alemanha relatam dificuldade para deixar o país

Desde sexta-feira (16), o engenheiro químico Ricardo Ardente de Almeida, 51, tenta retornar ao Brasil, mas não consegue devido ao caos que uma nuvem de cinzas oriunda do vulcão islandês Eyjafjallajökull provocou no espaço aéreo da Europa.

Morador na cidade de Sorocaba (100 km de SP), Ricardo viajou com seu chefe no último sábado (10) para a Noruega, onde ficaram três dias. Depois, seguiram para a Holanda e Hamburgo, respectivamente, onde estão até hoje. "A nossa ideia é alugar um carro e seguir para o norte da Itália, que fica a 900 quilômetros daqui, para ver se a gente consegue embarcar de volta para o Brasil", diz o engenheiro.

Segundo ele, a situação está ficando insustentável. Os hotéis estão lotados e muitas pessoas dormem em tendas improvisadas no aeroporto de Munique. Em Frankfurt, também na Alemanha, o brasileiro Vitor Dutra, 41, pensa em uma maneira de voltar para casa. Dono de uma empresa em Londrina (PR) de suprimentos para equipamentos de informática e iluminação, ele viajou à Europa para participar de uma feira.

Vitor diz que o fechamento dos aeroportos causou alarde e gerou boatos de que a situação ficaria complicada por até seis meses. "Isto me assustou bastante. Cheguei até a ver a possibilidade de embarcar em um navio saindo da Inglaterra para os Estados Unidos e de lá pegar um avião de volta para o Brasil", conta.