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Sidrolandia

Capital: Outros 21 detentos do Presídio Federal reclamam de lixão

A fumaça tóxica não afeta apenas os presos, mas toda a população ao redor e os funcionários do presídio”, alega Pael

Campo Grande News

02 de Setembro de 2010 - 13:43

A fumaça causada pelas queimadas no lixão no Dom Antônio também motivaram 21 detentos a, através de seu advogado, solicitarem providências as autoridades.

O documento foi enviado, em julho, à Comissão de Direitos Humanos da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil) e também à promotoria do Meio Ambiente do Ministério Público Estadual.

O advogado dos presos, Edilberto Gonçalves Pael, reforça no documento que a administração do lixão ateia fogo, todas as noites, em diversos pontos do aterro. “A fumaça é tóxica. São queimadas lâmpadas, pilhas de celular e outros materiais, isso libera enxofre e outros gases”.

Além de prejudicar o presídio, a fumaça também incomoda a população do bairro Dom Antônio Barbosa e estaria chegando até o Hospital Regional, de acordo com o advogado.

Ele diz que o Ministério Público enviou resposta, dizendo que existe um acordo com a prefeitura de Campo Grande, para que em dois anos o lixão seja desativado e um aterro sanitário seja implantado.

“A fumaça tóxica não afeta apenas os presos, mas toda a população ao redor e os funcionários do presídio”, alega Pael.

O advogado do traficante Fernandinho Beira-Mar, Luiz Gustavo Bataglin, também preparou documento com o mesmo tipo de reclamação a respeito da insalubridade do local.

Velho Problema – Em junho de 2010, a fumaça já era motivo de reclamação.

A denúncia foi feita ao Campo Grande News por um servidor do presídio que preferiu não se identificar. “Está desumano viver aqui. Para nós que trabalhamos, para quem está preso, para todo mundo, não está sendo possível respirar”, reclamou na época.