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Sidrolandia

Casa do Trabalhador entrevista indígenas para 115 vagas na colheita de maçã no Sul do Brasil

Os que forem aprovados trabalharão na colheita, seleção e embalagem das maçãs em uma empresa de Bom Jesus (RS).

Flávio Paes/Região News

14 de Janeiro de 2018 - 20:27

A Casa do Trabalhador de Sidrolândia e a Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab) em Campo Grande já iniciaram o processo seletivo para a contratação de 115 indígenas para trabalharem na colheita de maçã nas empresas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Essa intermediação é resultado da parceria entre o Governo de Mato Grosso do Sul, Ministério Público do Trabalho (MPT/MS) e empresas frutícolas desses dois estados.

Os que forem aprovados trabalharão na colheita, seleção e embalagem das maçãs em uma empresa de Bom Jesus (RS). A empresa oferece um salário de R$ 1.185,00, acrescidos de transporte, almoço e alojamento.

O pedreiro Valdir Sabino Maciel, que é terena, desempregado há seis meses, diz estar confiante de conseguir uma das vagas. “Para mim será uma boa oportunidade, pois preciso de um trabalho fixo, estou há meses fazendo bicos”, declarou Maciel.

Para preencher as vagas não é necessário ter experiência, basta ter o ensino fundamental incompleto e disponibilidade para trabalhar em outro Estado. A colheita da safra de maçã começa no fim deste mês e dura até 90 dias. Muitas empresas pagam também por produtividade, o que eleva a renda do trabalhador.

No ano passado, mais de 500 indígenas foram contratados para a colheita e a expectativa é de que, com o passar dos anos, o número de contratados chegue a 2 mil por safra. No final do ano passado, cerca de 400 índios de Mato Grosso do Sul foram contratados para trabalharem no raleio das plantações de maçã em Santa Catarina e Rio Grande do Sul.