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Sidrolandia

Estado terá banco de dados genético interligado ao FBI

O termo de cooperação entre os governos brasileiro e norteamericano foi assinado no ano passado

Portal MS

22 de Abril de 2010 - 15:21

Uma inovação tecnológica que vai ajudar a Polícia Civil e Coordenadoria Geral de Perícias (CGP), um dos braços da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), a agilizar a solução de crimes como estupros e assassinatos e colaborar na identificação de pessoas desaparecidas. Assim é a ferramenta de investigação Codis (Combined DNA Index System), desenvolvida pelo FBI (Federal Bureau of Investigations), o serviço de investigação norteamericano na qual o Estado irá integrar-se.

O sistema é atualmente utilizado em 30 países. Trata-se de um software que proporcionará aos laboratórios integrantes da Rede Nacional de Genética Forense a participação na implantação da Rede Integrada dos Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG) no Brasil.

O termo de cooperação entre os governos brasileiro e norteamericano foi assinado no ano passado. Os institutos de perícias são os órgãos responsáveis pela alimentação do banco de dados nacional, que será sediado no Instituto Nacional de Criminalística (INC), órgão do Departamento de Polícia Federal (DPF), com amostras de DNA de criminosos, de suspeitos, de vítimas e também amostras obtidas em locais onde ocorreram crimes.

Em Mato Grosso do Sul, o Codis será utilizado pelo Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (Ialf), unidade ligada à Sejusp. A diretora do Ialf, perita criminal Josemirtes Prado da Silva, explica que o novo sistema representa uma importante ferramenta para os órgãos de perícia do País, permitindo o compartilhamento das informações e comparação de perfis genéticos.

“Com a ferramenta, será possível identificar suspeitos, locais de crimes, modus operandi, através da coleta de vestígios, que serão encaminhados ao laboratório, onde se extrai o DNA e traça-se o perfil genético que será inserido no banco de dados. O sistema não serve apenas para condenar, mas também para inocentar”, esclarece ela.

Segundo a diretora, mais de 88 mil investigações feitas nos Estados Unidos tiveram êxito graças ao sistema. Crimes como estupros e assassinatos poderão ser solucionados com mais agilidade, além de casos de desaparecimento de pessoas.

A Senasp adquiriu os servidores e o software, que serão repassados ao Estado. No próximo mês, a diretora do Ialf segue para Brasília, onde fará curso de capacitação para operar a plataforma.

Mato Grosso do Sul representa a região Centro-Oeste no conselho normativo do Codis, responsável pela preposição e implementação de todas as ações de caráter técnico e normativo do sistema.

O conselho é constituído por cinco peritos oficiais - membros da Rede Nacional de Genética Forense -, um de cada região geográfica; representantes do Ministério da Justiça, da Polícia Federal e da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.