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Sidrolandia

MPE investiga baixo efetivo de peritos na Coordenaria-Geral de Perícias

O quadro de peritos criminais apresenta um déficit de aproximadamente 63% do efetivo. No caso dos peritos médicos legistas, o déficit é de 70%.

Correio do Estado

19 de Janeiro de 2018 - 09:23

Foi anunciado no Diário Oficial do Ministério Público Estadual (MPE), desta quinta-feira (18), que o baixo efetivo de profissionais da Coordenadoria-geral de Perícias de Mato Grosso do Sul (CGP) será motivo de inquérito civil para apuração dos prejuízos à sociedade.

O Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Polícial (Gacep), que faz parte do MPE, é o responsável pela investigação.

Presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais Forenses de Mato Grosso do Sul (Sinpof-MS), Saue Viganó Neto, afirmou que a falta de efetivo gera diversos problemas, como atrasos na emissão de emissão de laudos por conta da demanda reprimida.

“Este atraso gera cobrança das autoridades, que se não atendidas podem levar os peritos oficiais a responderem na corregedoria, sendo passíveis de punição. Muitos profissionais não suportam a pressão, adoecem e acabam afastados do trabalho”, disse Viganí Neto.

Ainda segundo ele, a falta de pessoal tem impactado todo o Mato Grosso do Sul, com complicações maiores no interior. "No interior do Estado, o perito precisa se deslocar entre as diversas cidades que compõem a sua unidade regional. Não raro, ele precisa interromper o exame em uma cidade e se deslocar grandes distâncias para atender outra ocorrência, urgente, em outro município."

O quadro de peritos criminais apresenta um déficit de aproximadamente 63% do efetivo. No caso dos peritos médicos legistas, o déficit é de 70%.

O inquérito civil que apura o baixo efetivo na CGP é conduzido pelos Promotores de Justiça Luciana Moreira Schenk e Gerson Eduardo de Araújo.