PF cruza dados e pode manter prefeito na cadeia

A Polícia Federal cruza informações que constam em relatório oficial e documentos apreendidos na casa do prefeito Ari Artuzi (PDT) que está preso em Campo Grande. Artuzi está em cela comum e ontem rejeitou a 'comida de cadeia'. O prefeito e outras 27 pessoas estão presos. Fora ele, que está na capital, os demais continuam no Presídio de Segurança Máxima Harry Amorim Costa (PHAC), em Dourados.

A Operação Urugano (Furacão, em italiano) indiciou 67 pessoas e prendeu 28, suspeitos de participar de fraude em licitações públicas. As ações foram gravadas em vídeo e áudio pelo secretário de Governo e Comunicação, jornalista Eleandro Passaia.

Segundo o delegado da Polícia Federal, Bráulio Galloni, o prefeito Ari Artuzi cobrava por tudo o que era feito na cidade. Eram, pelo menos, 10% de ágio sobre os valores de contrato. Galloni explica que o valor era acrescido aos contratos e depois devolvidos para o bolso do chefe do Executivo douradense.

De acordo com a TV Morena, o advogado do prefeito, Carlos Marques, espera tirar o prefeito da cadeia no próximo domingo, quando vence o prazo da prisão decretada pela Justiça. No entanto, Galloni já fala em pedir a prorrogação por mais cinco dias da prisão temporária do prefeito, enquanto verifica documentações apreendidas no Canaã, na residência de Artuzi e Maria.