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Sidrolandia

Plantio de maracujá em MS tem novo zoneamento

As recomendações incluem solos areno-argilosos, acima de 60 cm de profundidade e bem drenados

Assomasul

01 de Setembro de 2010 - 14:18

Foram divulgadas nesta semana pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), as zonas aptas para a cultura do maracujá em oito estados e no Distrito Federal.

A legislação indica também os períodos de menor risco climático para o plantio da fruta em Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Goiás, Bahia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

As recomendações incluem solos areno-argilosos, acima de 60 cm de profundidade e bem drenados. A escolha da área é muito importante, pois tudo interfere na produção dos frutos.

O pomar necessita de pelo menos 11h de luz ao dia para garantir a produção de frutos com aspecto, sabor e aroma de qualidade. Ventos frios afetam o florescimento, interferindo no desenvolvimento dos frutos.

Ventos quentes e secos murcham e diminuem a quantidade e qualidade dos frutos. No Brasil, são cultivados o maracujá amarelo ou azedo, o roxo e o doce.

O Maracujá é uma planta originária da América tropical e desenvolve-se bem em regiões com altitudes entre 100 metros a 1.000 metros e temperaturas médias anuais entre 20ºC e 32ºC.

Ampliação de mercado

Novos mercados estão sendo galgados visando o aproveitamento total do maracujá. A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) do RJ divulgou resultados sobre o aproveitamento das cascas e sementes, destinados à indústria de cosméticos.

O óleo tem propriedades hidratantes, aroma característico e pode ser utilizado como ingrediente em xampus, cremes e sabonetes

“O processamento de uma tonelada de maracujá gera 700 kg de cascas e sementes. Se não forem aproveitadas, tornam-se passivos ambientais”, explica o pesquisador da Embrapa Sérgio Cenci.

O processamento das sementes resulta em dois produtos, o óleo para a indústria de cosméticos, e torta (bagaço resultante da prensagem da semente), usada na composição de rações para gado leiteiro.

Outro produto que está em pesquisa é a casca do maracujá, rica em pectina e fibras. Alguns estudos já chegaram a uma farinha que pode ser incluída na dieta humana.