Trabalhadores da JBS começam a votar se aceitam 2,33%, R$ 28,00 a mais de salário

A partir da noite deste domingo (14) os trabalhadores da JBS/Seara começam a decidir no voto se aceitam a proposta de reajuste salarial de 2,33% oferecido pela empresa, na segunda rodada de negociação com o Sindicato dos Trabalhadores que reivindicou 5,5% de reajuste.

A proposta significa um acréscimo de R$ 28,00 no piso dos funcionários, que passa de R$ 1.072,00 para R$ 1.100,00. O percentual está um pouco acima do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) que em 2017 fechou em 2,0600, mas ligeiramente abaixo da inflação medida pelo IPCA-E (2,95%).

Ficou assegurada a cesta básica para os trabalhadores (mesmo aqueles que tiveram faltas justificadas) que será reforçada com um quilo de carne e um detergente. A gratificação anual sobe de R$ 700,00 para R$ 850,00 que será paga a todos os trabalhadores, com exceção daqueles que tiveram mais de duas faltas não justificadas.

Na primeira rodada de negociação em dezembro a empresa ofereceu 1,83%, que corresponde ao INPC de dezembro de 2016 a dezembro de 2017. Com esta proposta, o piso salarial subiria de R$ 1.072,00 para R$ 1.091,51, nem R$ 20,00 (exatos R$ 19,51) a mais no bolso dos funcionários. O pedido do Sindicato elevaria o piso para R$ 1.130,97. A empresa também pretendia tirar a cesta básica daqueles que faltarem, mesmo quem tiver com atestado médico.

Ano passado os 2 mil trabalhadores da JBS/Seara garantiram reajuste de 8,5%, sendo 6% aplicados sobre o vencimento de novembro e a parcela complementar, de 2,5%, começou a ser paga em março, sobre o vencimento de outubro. Foram duas rodadas de negociação, quando a empresa avançou na sua proposta inicial que era de 7% para os 8,5% em duas parcelas, que de imediato elevou para R$ 1.072,00 o piso salarial dos trabalhadores.