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Geral

WhatsApp detecta vulnerabilidade que permite acesso de hackers a celulares

Empresa pede a 1,5 bilhão de usuários em todo o mundo que atualizem o aplicativo para versão mais recente.

G1

14 de Maio de 2019 - 10:10

WhatsApp detecta vulnerabilidade que permite acesso de hackers a celulares

O aplicativo de mensagem instantânea WhatsApp, de propriedade do Facebook, informou na segunda-feira (13) que detectou uma vulnerabilidade em seu sistema que permitia que hackers instalassem um tipo de "spyware", um software espião para ter acesso a dados do aparelho, em alguns telefones.

A empresa confirmou em comunicado à imprensa a informação publicada horas antes pelo "Financial Times" e pediu ao 1,5 bilhão de usuários em todo o mundo que "atualizem o aplicativo para sua versão mais recente" e também mantenham seu sistema operacional atualizado como medida de "proteção".

Passo a passo para atualizar o app

  1. Entre no Google Play Store, no caso do Android, ou na Apple Store, no caso do iOS (iPhone)
  2. Procure o aplicativo do WhatsApp e clique em atualizar

Observação: se você fizer os passos acima e não encontrar a opção de atualizar é porque seu aparelho já está configurado para atualização automática de aplicativos.

O WhatsApp, que foi adquirido pelo Facebook em 2014, afirmou que "dezenas" de telefones foram afetados e que as vítimas foram escolhidas "especificamente", de maneira que em princípio não se trataria de um ataque em grande escala.

Quem fez o ataque?

O software espião que foi instalado nos telefones "se assemelha" à tecnologia desenvolvida pela empresa de cibersegurança israelense NSO Group, que levou o WhatsApp a colocá-la como a principal suspeita por trás do programa de espionagem.

A vulnerabilidade no sistema, para a qual a empresa lançou uma atualização na segunda-feira, foi detectada no início de maio, quando o WhatsApp trabalhava para melhorar a segurança das chamadas de áudio. Por enquanto, não se sabe quanto tempo duraram as atividades de espionagem.

Os hackers faziam uma ligação através do WhatsApp para o telefone cujos dados queriam acessar e, mesmo que o destinatário não respondesse à chamada, um programa de spyware era instalado nos dispositivos.

Vítimas da espionagem

O WhatsApp assegurou que, logo após tomar conhecimento dos ataques, alertou organizações de direitos humanos (que estavam entre as vítimas da espionagem), empresas de segurança cibernética e o Departamento de Justiça dos EUA.

O fato de algumas das organizações afetadas serem plataformas de defesa dos direitos humanos reforça a hipótese de envolvimento do Grupo NSO, uma vez que seu software já foi utilizado no passado para realizar ataques contra esse tipo de entidade.

O NSO Group opera de forma obscura e, durante muitos anos, desenvolveu secretamente spywares para seus clientes, entre os quais governos de todo o mundo, que os utilizam para acessar dispositivos móveis e obter informações.

O spyware teve capacidade para infectar telefones com sistema operacional da Apple (iOS) e do Google (Android).