Justiça
Em audiência, acusado diz que matou idosa ao obedecer a 'vozes' da mãe
Juliano admitiu que não conhecia o casal de idosos e conforme avaliação psiquiátrico pode ter tido um surto psicótico.
Redação/Região News
08 de Março de 2023 - 09:11
Em depoimento na audiência de instrução e julgamento, Juliano de Lacerda Bittencourt, alegou ter matado a idosa Ivonete Infran, 64 anos, após ter ouvido "vozes", que ele diz serem da sua mãe, o ordenando a cometer o crime.
Juliano, que teve o laudo de insanidade mental homologado pela Justiça, dia 18 de agosto do ano passado, por volta do meio-dia entrou porta a dentro na casa da vítima, sentada na sala assistindo tv, a matou a golpes de faca e também esfaqueou o marido dela. Lázaro Infran estava no quintal fumando e veio em socorro dela.
Juliano admitiu que não conhecia o casal de idosos e conforme avaliação psiquiátrico pode ter tido um surto psicótico. Ele estava há 4 dias na casa ao lado, na Rua Pascácio de Freitas, São Bento. Lá mora Magno Soares Furtado, conhecido que lhe deu abrigo. Na véspera e horas antes de cometer o crime ele fumou maconha.
Juliano, que usa remédio controlado, disse ouvir vozes desde os 19 anos (hoje tem 25). Na Penitenciária da Gameleira, para onde foi levado após se entregar na Polícia Militar minutos após cometer o crime em Sidrolândia, dia 6 de setembro do ano passado, esganou até a morte Renato Geovane Alves, com quem dividia a cela.
No depoimento, o marido de dona Maria, Lázaro, foi lágrimas ao descrever o que aconteceu naquele dia trágico, quando perdeu a esposa e quase foi morto. Com problemas cardíacos, saúde debilitada, tinha dificuldades para se locomover.
Depois do almoço, foi para o quintal fumar enquanto ela assistia tv na sala. Foi em socorro dela ao ouvir os gemidos da mulher que estava sendo atacada por Juliano. Entrou em luta corporal com ele, foi golpeado e o agressor fugiu.
Insanidade
Em novembro do ano passado, o juiz criminal Cláudio Müller Pareja, homologou o laudo de insanidade mental de Juliano de Lacerda do psiquiatra Rodrigo Abdo. Ele foi diagnosticado com esquizofrenia hebefrênica, alienação mental e a recomendação como medida de segurança a internação por no mínimo um ano.
Na avaliação do médico, "a época dos fatos, havia total incapacidade de entendimento e discernimento". É possível que Juliano, seja condenado pelo menos há três anos de internação numa instituição hospitalar.