Política
Deputada cobra fim do impasse na presidência do Incra
Conjuntura Online
14 de Abril de 2011 - 15:45
A deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB) cobrou desta quarta-feira(13) o fim do impasse na indicação do novo superintendente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Mato Grosso do Sul.
O assunto veio à tona depois que trabalhadores rurais sem terra lotaram o plenário da Assembleia Legislativa, cobrando a imediata indicação do novo superintendente, visando desemperrar a reforma agrária no Estado.
Queremos que o governo federal olhe para Mato Grosso do Sul e resolva este problema com urgência, cobrou a parlamentar.
Mara também criticou o atual modelo de reforma agrária brasileiro, que destina os lotes aos trabalhadores rurais e depois não dá a eles a estrutura necessária para produzir.
Precisamos mudar este modelo. Não podemos colocar um homem em um assentamento sem dar a estrutura necessária. É um absurdo os trabalhadores terem que vir até aqui para pedir um presidente para o Incra, disparou a deputada.
Mara Caseiro afirmou ainda que o Incra de Mato Grosso do Sul precisa ser comandado por um técnico, que conheça a realidade do trabalhador do campo.
Durante seu discurso, a deputada também destacou a importância dos assentamentos rurais para a economia dos pequenos municípios.
Sabemos da importância de ter um assentamento no município. Fui prefeita de Eldorado durante oito anos e vimos o quanto a cidade cresceu depois que o assentamento se instalou, detalhou.
Reforma parada
Representante do movimento sem terra que ocupou a tribuna nesta manhã, Zé Batista disse que a reforma agrária no Estado está parada desde agosto do ano passado, quando ocorreu uma operação da Polícia Federal que desmantelou esquema de fraudes na venda de lotes. A quadrilha contava com a participação de servidores do Incra.
Segundo ele, R$ 15 milhões destinados à reforma agrária estão parados devido ao impasse na indicação do novo superintendente.
A divulgação do nome do novo comandante do Incra no Estado ainda deve levar alguns dias, até que o indicado seja submetido ao processo de avaliação protocolar e política que o cargo exige.
Mas a expectativa é que tudo esteja definido ainda este mês.