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Política

Deputados voltam a defender mudança de nome de MS

Gilmar Lisboa

24 de Maio de 2011 - 15:11

A mudança do nome de Mato Grosso do Sul voltou a frequentar a agenda de discursos dos deputados estaduais nesta terça-feira.

Os debates sobre a mudança tomaram grande parte dos discursos de pelo menos meia dúzia de deputados dispostos a encampar a celeuma que coloca, de um lado, desde que o assunto veio à tona com mais assiduidade, no final dos anos 90, pessoas descontentes com citações que arremetem para o vizinho Mato Grosso e, de outro, moradores conservadores que não suportam nem ouvir falar do assunto.

As oratórias acerca da mudança de nome foram puxadas nesta terça pelo petista Paulo Duarte. Ele atacou duramente a forma como o Congresso Nacional se refere a MS, em um tóten instalado na entrada da Câmara Federal para identificar a origem dos parlamentares das bancadas de cada Estado.

Ao fazer referência aos oito deputados e três senadores de MS, o Congresso os ligaria ao vizinho Mato Grosso. “É uma coisa que não dá para admitir, justamente em se tratando do Congresso, que deveria ser referência para a sociedade em termos de informações sobre a geografia do País”, disse Duarte.

Ele se queixou também que a “desinformação” do Congresso acerca do assunto tem contribuído para confundir empresários na hora de decidir sobre investimentos na região.

Depois de Duarte, foi a vez do republicano Antônio Carlos Arroyo reclamar da confusão feita com os nomes dos dois Estados. Ele reclamou que, além de sofrer com a discriminação do governo federal em relação a repasses financeiros, MS frequentemente se vê às voltas com erros proporcionados pela imprensa nacional acerca da localização do seu território e com referências feitas sobre o Pantanal.

“Pelo menos 67% do Pantanal ficam localizados em MS, mas frequentemente essa informação é omitida por pura falta de conhecimento, já que cita-se ‘pantanal mato-grossense’ quando se trata de informar em qual Estado a região se mostra mais extensa e exuberante”, ressaltou Arroyo.

Estado do Pantanal

Diante das distorções no campo da informação nesse sentido, o deputado republicano anunciou que deverá apresentar um projeto na Assembleia Legislativa para que se regulamente, na Constituição Estadual, um plebiscito para que se apure o desejo da população acerca da mudança do nome de MS, que passaria a se chamar de Estado do Pantanal.

Arroyo sugeriu que o plebiscito poderia ser realizado juntamente com as eleições municipais de 2012, utilizando-se, inclusive, as mesmas urnas que escolherão os prefeitos e vereadores. “Isso não teria custo adicional algum”, falou Arroyo, para quem somente a alteração no nome do Estado poderia finalmente encerrar a confusão sobre a localização de MS e MT.

Outro parlamentar que defendeu a mudança do nome de MS foi o peemedebista Junior Mochi. Ele chegou a alfinetar o descaso de alguns parlamentares que atuaram no passado acerca da confusão que envolve a troca do nome do Estado.

“Alguns parlamentares de MS que atuaram no passado como Constituintes não se preocuparam em inserir, na Constituição Federal de 1988, portanto muito tempo depois da separação de MS de MT, uma cláusula diferenciando, por exemplo, as regiões do Pantanal dos dois Estados”, observou Mochi.