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Política

Mara diz que falta de comando no Incra prejudica municípios de MS

Ela também conclamou a bancada federal de Mato Grosso do Sul a auxiliar na resolução deste impasse

Assessoria

04 de Junho de 2011 - 09:23

A deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB) usou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (2) para cobrar o fim do impasse na indicação do novo superintendente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).

De acordo com ela, o impasse tem prejudicado economicamente alguns municípios de Mato Grosso do Sul.

Japorã, por exemplo, está prestes a receber uma unidade da Averama, que tem sede em Umuarama (PR) e atua na criação, abate e comercialização de frangos de corte. Entretanto, devido à demora na validação do georreferenciamento pelos técnicos do Incra, a prefeitura está impossibilitada de comprar a área e doar à empresa.

Representante da região Conesul do Estado, Mara protestou contra a demora que está empatando a criação de pelo menos 150 empregos diretos no município de Japorã.

Para ela, é como se os deputados estivessem “falando em vão”, sem que as autoridades competentes possam ouvir as reivindicações dos representantes do povo.

“Fiz o pedido ao ministro do Desenvolvimento Agrário e ao Incra, para que tenham um pouco mais de respeito à nossa classe produtora. Parece que nós estamos falando com ninguém, porque desde agosto não se tem posição de quem vai representar o Incra no Estado”, disparou a deputada.

Ela também conclamou a bancada federal de Mato Grosso do Sul a auxiliar na resolução deste impasse.

“Até agora não vi uma resposta da presidência da República, do ministério ou dos nossos deputados federais e senadores, que também precisam atuar nessa questão”, afirmou.

Sem reforma

Ainda sobre a demora nas questões envolvendo a reforma agrária no Estado, Mara Caseiro citou o exemplo do assentamento Tagros, que também fica no município de Japorã.

De acordo com a deputada, ele já foi constituído há um ano, e até agora o Incra não liberou recursos para a construção das casas.

“Quem tinha uma reserva, conseguiu fazer sua casa por conta própria, mas nem todos têm esse privilégio”, comentou.

Há cerca de um mês e meio, José Batista dos Santos, representante do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) ocupou a tribuna da Assembleia para cobrar imediata indicação do novo superintendente do Incra.

Segundo ele, a reforma agrária no Estado não evolui desde agosto do ano passado e há cerca de R$ 15 milhões “parados” nos cofres, aguardando o fim do impasse pelo comando do órgão.