Política
Prefeita trabalha no sábado para fechar escala na saúde e determina faxina na UPA
Flávio Paes/Região News
10 de Janeiro de 2021 - 19:35
Prefeita em exercício desde o último dia 1º de janeiro, interinidade que pode se estender por 6 meses, caso haja eleição suplementar, Vanda Camilo completa nesta segunda-feira 11 dias de Governo.
Em 6 dias úteis, é muito pouco tempo para qualquer gestor impor seu estilo numa "empresa", com 2.200 funcionários, atender as expectativas por cargos dos aliados, emperrada por uma estrutura burocrática pesada, em que cada decisão é monitorada pelos órgãos de controle, mas, sobretudo, pelos adversários políticos ávidos por um erro, ainda que involuntário.
De qualquer forma, neste curto espaço de tempo já começa a se desenhar um esboço do "estilo" Vandinha de administrar.
Se não é possível resolver em pouco tempo questões estruturais, a interinidade não pode ser pretexto para o imobilismo. O jeito suave, quase blasé, que caracterizou os últimos dois prefeitos de Sidrolândia, deu lugar ao estilo direto, franco, "papo reto", como diriam os jovens da prefeita que não tem a menor vocação para terceirizar responsabilidades.
Dá autonomia aos secretários, mas a palavra final é dela. Estabeleceu um dia (a terça-feira) para receber e ouvir a demanda dos vereadores. Quer espaço na agenda para resolver problemas, visitar as repartições, ir in loco verificar alguma situação emergencial e tomar providências.
No último sábado, por exemplo, Vandinha cumpriu uma rotina de trabalho que só terminou no final da tarde, quando foi pra Campo Grande para matar a saudade da filha, a médica Mariana. Esteve na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) para acompanhar o trabalho do secretário do Saúde de Saúde, Renato Couto e das enfermeiras Maria Ignácia e Renata Sakai, designadas para atuarem na atenção básica.
O secretário e as duas enfermeiras estão trabalhando para remontar as equipes dos postos de saúde e reforçar a da UPA. A expectativa é de que até o dia 15 as escalas estejam completas. É o prazo para os profissionais credenciados (que tiveram os contratos renovados) e os concursados que estavam de férias voltarem ao trabalho. Os pacientes que procuram os postos onde ainda faltam médicos, são avaliados pela enfermeira que em caso de necessidades, são encaminhados para atendimento na UPA.
Enquanto despachava com o secretário de Saúde e as coordenadoras da Atenção Básica, Vandinha se incomodou com a sujeira e o cenário de desleixo da unidade de pronto atendimento. Não teve dúvida, recorreu a equipe da limpeza do hospital que fez uma faxina geral no prédio.
Embora haja formalmente 284 servidores na função de auxiliar de serviços gerais, como a maioria está em desvio de função, quem põe a mão na massa da limpeza, majoritariamente, são os contratados, que em 31 de dezembro foram desligados com a rescisão dos contratos. Com isto, a equipe ficou desfalcada.
Ainda na área da saúde, outra medida emergencial foi providenciar a entrega de medicamentos de uso continuo, fornecidos pela Casa da Saúde. São 228 pessoas que dependem do SUS para ter acesso a estes remédios de alto custo. São pacientes que tem comorbidades como artrite, asma, deficiência de crescimento (crianças); puberdade precoce; doença de crohn; dor crônica; glaucoma; esquizofrenia; gestantes com tromboembolismo, dentre outras patologias.
No final da tarde da última sexta-feira a secretária de Assistência Social, Aletânia Ramires, comandou a equipe que foi retirar a casa do Papai Noel construída há 3 anos na Praça Central, transformada ultimamente num abrigo de moradores e usuários de droga. Aos moradores de rua foi proposta a ida para a casa abrigo. Está programado para os próximos dias um serviço emergencial de revitalização da praça.
Relacionadas
-
PONTOS FORTES DA GESTÃO
Retomar atendimento na rede pública de saúde, prioridade de Vanda na gestão
-
GESTÃO PARTICIPATIVA
Prefeita ouve garis em café da manhã durante encontro inusitado