Agrônomo encontrado morto teve condenação por feminicídio e foi preso por violência doméstica

O homem de 64 anos encontrado morto ontem numa quitinete na Rua Prefeito Jaime Ferreira, o engenheiro agrônomo Arcênio Schley, tinha um longo histórico de violência doméstica. O episódio mais emblemático deu a ele uma efêmera notoriedade nacional, porque foi preso no dia 13 de março de 2007 em Sidrolândia, para onde fugiu após ter matado a mulher na frente dos filhos, dia 27 de julho de 1997, em Ponta Grossa, (interior do Paraná). A Polícia acredita que ele tenha morrido de causas naturais.

Arcênio foi capturado na cidade após o crime do qual foi protagonista ter se sido destaque no Linha Direta, um programa que trazia reportagem sobre crimes bárbaros cujos autores conseguiram fugir. Condenado a 13 anos de cadeia em 31 de julho de 2017, conseguiu a progressão penal para o regime semiaberto dois anos depois (em 26 de julho de 2009) até ser colocado em liberdade ao conseguir o livramento condicional em 10 de agosto de 2015.

Em Sidrolândia, onde trabalhou na Prefeitura, atuou como corretor de imóveis, no dia 27 de agosto de 2019, teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Claudio Muller Pareja porque ameaçava a matar a mulher, com quem tinha relacionamento há 24 anos. Ele não aceitava separação e também se recusava a deixar a casa da atendente de enfermagem.

Manteve o comportamento agressivo embora a vítima tenha conseguido uma medida protetiva que o proibia de se aproximar dela. Foi colocado em liberdade dia 05 de novembro, mas antes disso, em 02 de setembro de 2019, o Ministério Público ofereceu denunciado contra ele, o juiz acolheu e a audiência de instrução e julgamento estava marcada para o próximo dia 25 de outubro.