Geração de empregos desacelera e economia de Sidrolândia registra fechamento de 109 vagas

Passada a euforia gerada pela supersafra de soja, que impulsionou a abertura de 115 vagas de carteira assinada em janeiro e fevereiro (primeiro bimestre desde ano), as empresas de Sidrolândia pisaram no freio em termos da contratação de funcionários. Conforme os dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), nos últimos dois meses (março e abril) foram fechados 109 empregos (474 contratações e 583 dispensas).

Em março houve corte de 50 empregos e no mês passado, de 59, o terceiro pior desempenho do Estado, superado apenas por Nova Andradina, com -66 empregos a menos e Três Lagoas, com saldo negativo de 196 vagas, com 1.105 contratações e 1.301 demissões. No mês passado a economia sidrolandense registrou 15 contratações e 274 dispensas.

No acumulado dos primeiros quatro meses de 2018, ainda há um saldo positivo de 34 empregos, redução de 69% sobre igual período de 2017 (que teve 107 novos empregos).

No setor industrial, desapareceram 38 empregos, praticamente anulando as 28 vagas abertas no bimestre anterior. A redução foi maior, entretanto, no setor agrícola, com o fechamento de 89 vagas, um cenário diferente de janeiro e fevereiro, que registrou 47 novos empregos.

Considerando apenas abril, das 59 vagas de emprego fechadas, 19 foram de alimentador de linhas de produção (salário de R$ 1.151,72), 17 de trabalhador rural (salário médio de R$ 1.287,11). O maior número de novas vagas (4) foi para a função de motorista (R$ 1.446,460) e almoxarife, remuneração de R$ 1.131,25.

Panorama estadual

Mato Grosso do Sul fechou abril com saldo positivo no mercado de trabalho. Entre contratações e demissões, o Estado terminou o mês com 1.588 empregos, mostra o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgado na tarde desta sexta-feira (18) pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).

Com o resultado, Mato Grosso do Sul ocupa a 12ª posição no ranking dos estados da federação que mais geraram emprego em abril. Isso faz com o Estado volte a respirar no mercado de trabalho, já que em março, as empresas instaladas em Mato Grosso do Sul contrataram 20.126 e demitiram 20.772 trabalhadores. Com isso, foram extintos 646 postos de trabalho.

No total, em abril as empresas contrataram 20.532 e demitiram 18.944 trabalhadores no mês passado. Com isso, foram criados 1.588 postos de trabalho.

Das oito atividades econômicas consideradas na pesquisa, uma demitiu mais que contratou em Mato Grosso do Sul. A construção civil admitiu 1.440 e desligou 1.506 empregados, resultando em -66 empregos.

Já no ranking dos municípios que mais contribuíram para o saldo positivo foi Campo Grande. No mês passado, a Capital admitiu 7.660 trabalhadores e desligou 7.334 gerando o saldo de 326 novos postos de trabalho.

Nacional

O saldo de empregos também ficou positivo no resultado geral do país. O mês de abril fechou com 115.898 postos de trabalho a mais do que em março, que já há havia apresentado números positivos. O resultado é decorrente de 1.305.225 admissões e 1.189.327 desligamentos. Com isso, 2018 chega ao final do primeiro quadrimestre com saldo de 336.855 empregos criados.