Sidrolândia
Paralisação provoca desabastecimento nos supermercados de Sidrolândia
Ainda nesta sexta-feira deve começar a faltar carne, verduras, legumes e outros produtos perecíveis, que tem um abastecimento praticamente diário.
Flávio Paes/Região News
25 de Maio de 2018 - 09:36
O bloqueio das rodovias federais por caminhoneiros que há cinco dias suspenderam as entregas começam a provocar desabastecimento nos supermercados de Sidrolândia. Em algumas lojas já há falta de carne, verduras, legumes e outros produtos perecíveis, que tem um abastecimento praticamente diário.
“Não fui ao Ceasa hoje, que era o dia de reabastecimento, porque a carga ficaria retida na rodovia”, explica o empresário Acelino Cristaldo, dono do Supermercado Nandas. Com o bloqueio da MS-162 (perto do Quebra Coco), seu fornecedor de carne, que é de Dois Irmãos do Buriti, não terá como reabastecer o açougue de sua loja.
Já o empresário Dalto Pavei, dono do Nutrishopping informou ao RN que na seção de açougue, só há os "ganchos" pendurados; "No hortifrutigranjeiros está praticamente sem produto", comenta. Pavei disse ainda que tentou fazer um carregamento ontem no Ceasa, mas também não encontrou produtos e o caminhão, acabou retido na paralisação da BR-060, trecho do Bolicho Seco (Producel).
"Sou a favor das manifestações. Aqui no mercado esta faltando produtos. Estou com caminhão preso na BR, mas o Brasil que queremos, passar por estas manifestações. Já enviei mantimentos e vou continuar apoiando a greve", finaliza.
A Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados (Amas) avalia que a partir de amanhã, sábado (26), caso a paralisação nacional dos caminhoneiros continue, o desabastecimento seja maior e a opção para muitos supermercados seja fechar as portas.
Os primeiros produtos que começaram a faltar foram os hortifrúti, em que 40% dos tipos já não estão mais disponíveis nas prateleiras. “Ninguém recebeu mercadoria essa semana. Depois do hortifrúti, os próximos a faltar serão os produtos perecíveis. Provavelmente a partir de sábado já comecem a faltar”, afirmou o presidente da associação Edmilson Veratti.
Ainda conforme o presidente da Amas, não há como racionar e limitar a compra dos produtos pelos clientes, assim como fazem os postos de combustíveis que vendem apenas 20 litros por motorista em algumas situações.
“Não há como limitar dessa forma. Causaria ainda mais tumulto e confusão. Vamos vender até que acabe e se acabar realmente, vamos fechar as portas”, completou.
Confira a reportagem:
Grevistas dizem que acordo não atende a classe e mantém bloqueio na BR-060#COMPARTILHA: Caminhoneiros mantém vigilância nas rodovias que cortam Sidrolândia e mantimentos começam a faltar nos supermercados da cidade. Assista
Publicado por Regiao News em Sexta, 25 de maio de 2018