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Sidrolândia

Super-safra lota armazéns e caminhoneiros fazem fila na espera para secar milho

Até agora 25% da área plantada de 175 mil hectare já foi colhida. A expectativa é de que a produção fique em torno de 1 milhão de tonelada.

Redação/Região News

07 de Agosto de 2022 - 18:28

Super-safra lota armazéns e caminhoneiros fazem fila na espera para secar milho
Foto: Divulgação

A combinação de grande produção e falta de investimentos em armazenagem está resultando na formação de filas de espera de caminhões carregados de milho para a secagem do milho que está sendo colhido em Sidrolândia. Até agora 25% da área plantada de 175 mil hectares já foi colhida. A expectativa é de que a produção fique em torno de 1 milhão de tonelada, com possibilidade de superar a maior safra da série histórica, a 2018/2019 (1.058.704,59), com produtividade de 96,80 sacas por hectare.

Super-safra lota armazéns e caminhoneiros fazem fila na espera para secar milho

Diante deste gargalo na estrutura de secagem, a solução tem sido reduzir ritmo da colheita para ajustar à capacidade de secagem nas propriedades e nos próprios complexos de armazenagem das cooperativas e cerealistas. Na Fazenda Recanto, por exemplo, uma das propriedades da família Basso, a colheita começa cedo e para por volta das 16 horas. Nas lavouras do presidente do Sindicato Rural, Paulo Stefanello, a colheita foi interrompida sábado à tarde e só será retomada nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira.

Super-safra lota armazéns e caminhoneiros fazem fila na espera para secar milho
Colheita de milho safrinha da fazenda Buriti. Foto: Marco Tomé

Stefanello diz que embora está seja uma situação recorrente em todas as safras, o problema se agravou porque os investimentos na estrutura de armazenagem não acompanhou o crescimento da produção nas duas safras anuais, de soja e milho. Além do milho, a estrutura de armazenagem está ocupada por 15% da produção que ainda não foi comercializada.

Na próxima safra de soja os produtores já contarão com antiga estrutura de armazenagem da Conab, às margens da rotatória das rodovias BR-060 e MS-162, que tem um armazém convencional com capacidade para 3.500 toneladas e silos para 8 mil toneladas.

A estrutura foi arrematada pelo empresário Célio Fialho por R$ 7,3 milhões, melhor lance do leilão realizado em janeiro.

O produtor rural Osório Straliotto considera normal esta fila de espera da secagem. Além da maior produção, ele acredita que muitos produtores estão antecipando a colheita, com o milho ainda verde, para escapar do risco de perdas na lavoura por causa da infestação de cigarrinha. Esta estratégia gerou aumento na demanda por frete que ficou mais caro, elevando os custos do escoamento da produção.