Brigas familiares e desacertos entre vizinhos, maioria das ocorrências na 1ª semana do ano

Mais da metade dos 42 boletins de ocorrência registrados desde 1⁰ de janeiro na Delegacia da Polícia Civil de Sidrolândia são relatos, queixas de violência, ofensas, ameaças, ressentimentos pelo rompimento de relacionamentos desencadeando reações agressivas até desentendimentos sobre o valor da conta de água, envolvendo familiares.

As festas de confraternização, período em que mais gente fica em casa, por causa das férias e recessos, o consumo maior de bebida alcoólica, são ingredientes facilitadores para "tretas" adormecidas irromperem ou junto com na chegada do Ano Novo.

São variados enredos, alguns parecem reproduzir na realidade episódios do extinto programa Grande Famílias, ou saídos de uma crônica de Nelson Rodrigues. Entre tantas "tretas" domésticas uma em especial deu mais trabalho para a Polícia Militar que prendeu um dos protagonistas por ter roubado a motocicleta do concunhado.

O personagem em questão, aproveitando-se de seu porte físico avantajado em relação ao concunhado com quem divide o mesmo quintal (mora nos fundos do terreno), para colocá-lo fora da própria casa e de quebra levou a motocicleta do intimidado marido da cunhada. Na manhã de ontem ele deixou a moto com a chave na ignição em frente ao camelódromo. Os policiais conseguiram capturá-lo na Rua Gracindo Cardoso.

Sem  confraternização  

 O ambiente de festa e de confraternização próprios desta época não foi suficiente para cicatrizar as feridas do rompimento com a ex para quem a fila já andou. A fúria pelo amor não correspondido reassentou quando passou em frente da casa da ex-mulher e viu estacionada na varanda a motocicleta do novo namorado da moça.

O rapaz esperou a oportunidade para levar a moto do rival até um terreno nos fundos do Residencial Sofia, onde danificou o retrovisor e encheu de areia o motor. Maria (o nome é fictício) estava sentada na varanda de casa, quando foi surpreendida por três mulheres, uma delas esposa do seu atual "ficante", partiu para cima dela, a socos, pontapés e unhadas, finalizando, jogou nela a cadeira e ameaçou mata- lá numa próxima "visita ".

É quase uma tradição os desentendimentos entre sogra e nora. O pivô da briga que foi relatado por dona Odete (nome fictício) nesta semana na Delegacia de Polícia foi a conta de água. A nora não aceitou arcar com 50% da conta e carregou nas ameaças e ofensas.

"Você é uma p., vagabunda, não vou pagar conta nenhuma, você vai ver comigo. Vou te pegar ", ameaçou a nora.

Os desentendimentos por causa de bens de uma herança por pouco não tiveram um desfecho trágico. Um dos herdeiros foi armado até a casa do irmão, incumbido de administrar os bens deixados pelo pai e ameaçou matar o primogênito.

Os vizinhos tiveram que chamar a Polícia para separar um casal que estava brigando. Ele tentou esganá-la apertando o pescoço da mulher que conseguiu se desvencilhar e o acertou na cabeça com um pedaço de telha. O rapaz foi levado para o hospital levou três pontos no ferimento.

Um rapaz foi preso após dar um soco na cunhada que reagiu a investida sexual do suspeito. A PM teve que usar gás de pimenta para dispersar um grupo que obstruía uma rua e dançava ao som de música em alto volume. Um integrante do grupo, dos mais exaltados, xingou os policiais e foi preso.