Juiz decreta prisão preventiva de rapaz que incendiou barraco no Jatobá

O juiz Giuliano Máximo, homologou o flagrante e decretou a prisão preventiva de Douglas Amorim Lopes, 34 anos, preso na terça-feira passada pela Polícia Militar por ter provocado o incêndio que destruiu o barraco onde morava Cacildo Silva de Oliveira 59 anos, revoltando os vizinhos.

Os policiais prenderam o suspeito quando circulava pela ocupação armado de faca, ameaçando quem se aproximasse dele. Antes de incendiar o barraco de Cacildo, Douglas além de furtar boa parte dos pertences da vítima ainda resolveu punir o senhor queimando o barraco porque não gostou de ter sito denunciado por ele para a vizinhança.

Na decisão, tomada após audiência de custódia, o magistrado justifica a decisão de manter preso o suspeito com o seguinte embasamento. "Verifico, ademais, que há a necessidade da segregação do flagranteado, nos moldes do art. 312 do CPP (Código do Processo Penal), para a garantia da ordem pública, ante a sua periculosidade real, evidenciada pelo modus operandi na empreitada criminosa, uma vez que há veementes.

Indícios de que o custodiado praticou o crime acima tipificado, mediante o emprego de fogo, momento em que supostamente foi até a residência de Cacildo e colocou fogo no recinto, sendo que em liberdade poderá atentar contra a vida das vítimas.

O fato de o custodiado já ter outras passagens criminais, tendo obtido alvará de soltura no dia 27 de julho de 2022 pelo delito de tráfico de drogas, além do crime ter sido praticado mediante violência ou grave ameaça à pessoa, de modo que infiro não ser recomendável a concessão de medidas cautelares mais brandas".

Antecedentes 

Em 14 de dezembro de 2022, Douglas foi preso por receptação de uma motocicleta placa HTR-0579 que havia sido furtada por Genilson da Silva Moraes (morto em confronto com a Polícia Militar em janeiro do ano passado). Mesmo sem ter pagado a fiança arbitrada em R$ 3.636,00 pela delegada Barbara Fachetti, foi colocado em liberdade no dia seguinte (15/12/2022) pelo juiz Claudio Müller Pareja.

Antes disso, Douglas ficou preso três meses (entre abril e julho de 2022), acusado de vender droga em associação com Tiago Cardozo e Maikon Marcon Orico, apontado como um dos líderes do PCC no Jatobá. A Justiça o colocou em liberdade por entender que o Ministério Público demorou muito para oferecer denúncia. Orico foi absolvido porque a Polícia não levantou provas para demonstrar o envolvimento dele com o crime organizado.