Mesmo com queda de 5,10%, Sidrolândia se mantém como 8⁰ polo exportador de MS

Sidrolândia se mantém como o 8⁰ maior polo exportador de Mato Grosso do Sul, ranking liderado por Três Lagoas, que empurrado pela produção de celulose, responde por 17,10% das vendas do Estado no exterior.

A cidade se manteve nesta posição, embora o volume exportado no ano passado tenha sido menor que o de 2022. Em termos de faturamento a queda foi de 5,19%, caiu de U$ 196,2 milhões para U$ 186,5 milhões. A redução de 21,35% no valor das exportações da JBS, carro-chefe das exportações sidrolandenses, foi determinante para este resultado.

Em 2022, a empresa exportou 65.732.256 toneladas de carne de frango. Ano passado, colocou no exterior, 48.913.407 toneladas. Mesmo com a queda no volume de carne de frango exportada, Sidrolândia responde por 36% das exportações do Estado deste item, que ano passado teve redução de 2,57%, de 141,3 para 132,7 mil toneladas, com faturamento de U$ 293,9 milhões (ante U$ 301,68 Milhões).

Em compensação aumentou em 87% o volume de soja exportado pelas cooperativas sediadas na cidade (Coamo e Lar), saltou de 87.097.171 toneladas para 137.206.305. O faturamento passou de 37,2 milhões dólares para U$ 61,3 milhões. A Rio Pardo, que exporta concentrado protéico de soja utilizado na composição de rações, ano passado exportou 11.306.199 toneladas, faturando 10,3 milhões, enquanto em 2022, vendeu 15,3 mil toneladas, obtendo U$ 13, 2 milhões.

Panorama estadual

As exportações de Mato Grosso do Sul no acumulado de janeiro a dezembro de 2023 atingiram o valor recorde de US$ 10,517 bilhões, com crescimento 28,1% superior ao registrado no mesmo período de 2022. A vendas externas sul-mato-grossenses tiveram como principais destaques a soja, celulose, milho, açúcar, farelo de soja, carne bovina e o minério de ferro. No saldo da balança comercial no ano passado, o resultado foi um superávit de US$ 7,5 bilhões, valor 54,3% superior ao verificado em 2022.

Balanço estadual 

Os números do comércio exterior de Mato Grosso do Sul no ano passado foram divulgados nesta segunda-feira (8), na Carta de Conjuntura do Setor Externo, elaborada pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

“Nós vimos que o Brasil teve um recorde no seu superávit em 2023 e o Mato Grosso do Sul também demonstrou um dinamismo muito forte na balança comercial. É importante destacar que, nesse dinamismo da balança comercial, nós temos a demonstração da força do crescimento do estado. Um dos elementos é a capacidade de exportação. Mato Grosso do Sul termina o ano com um recorde de exportação. Nós exportamos em dólar mais de 10,517 bilhões”, comenta o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.

Com relação aos produtos, a soja segue em primeiro lugar na pauta de exportações, com 37,50% do total exportado em termos de valor e crescimento de 91,18% em relação ao mesmo período do ano passado. Em termos de volume, houve crescimento de 114,27%. O segundo produto da pauta foi a celulose, com 14,09% de participação e retração em termos de valor de -2,74% em relação a 2022.

“Soja e celulose seguem se destacando, mas nós tivemos outro movimento importante. O milho, que respondeu por praticamente 10% das exportações com cerca de US$ 1 bilhão. Também tivemos bom desempenho no açúcar, farelo e na carne bovina. A outra boa surpresa foi a ampliação da exportação de minério de ferro. O Mato Grosso do Sul teve investimentos no ano passado, nós temos crescimento tanto no minério como o ferro gusa. São umas questões importantes a gente fazer esse destaque”, acrescentou o titular da Semadesc.