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SIDROLÂNDIA- MS

Sidrolândia termina 2023 com 756 casos de dengue, mas tem baixo nível de infestação do mosquito

Dos 798 pacientes atendidos com sintomas da doença, 94,73% tiveram o diagnóstico confirmados por exames laboratoriais.

Redação/ Região News

21 de Janeiro de 2024 - 19:00

Sidrolândia termina 2023 com 756 casos de dengue, mas tem baixo nível de infestação do mosquito
Agente de saúde fazendo tratamento da água como medida preventiva contra a proliferação do Aedes aegypti. Foto: Divulgação

Conforme o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde, no ano passado ficou em 12⁰ no ranking estadual das cidades com o maior número de casos confirmados de dengue. Dos 798 pacientes atendidos com sintomas da doença, 94,73% tiveram o diagnóstico confirmados por exames laboratoriais.

Dos 756 casos confirmados, 749 foram registrados até agosto, coincidindo com o período de maior infestação de larvas do Aedes aegypti, transmissor da dengue. Em maio, mês que registrou 81,61% dos casos confirmados de dengue  do ano (618),  o LIRA (Levantamento Rápido para Índice de Aedes aegypti) chegou a 2,0, ou seja, em cada grupo de 100 imóveis, em dois os agentes de saúde encontraram larvas do mosquito, considerado um índice de alerta para a transmissão da doença.

A infestação está relacionada aos períodos chuvosos. Não por acaso, em maio, pico de casos, choveu 107 milímetros. Em janeiro do ano passado, a infestação ficou em 1,7 %, choveu 119 milímetros, foram registrados 119 casos.

 Os dois levantamentos seguintes, mostraram baixo nível de infestação, 0,2% em agosto e 0,6%, em dezembro. O número de casos de dengue confirmados em 2023 é 150 %  maior que os 300 de 2022 e que os casos de 2019, (639) ano da última epidemia da doença no Estado

A Secretaria de Saúde tem adotado como estratégia visitas domiciliares, palestras, tratamento de depósitos, orientação a população, aplicação de inseticida residual em pontos estratégicos, bloqueio químico quando aplicável conforme normas aplicáveis.

O verão é um período de chuvas que, aliadas ao calor, geram a combinação ideal para a proliferação do Aedes aegypti e o aumento nos casos de dengue no Estado.

De acordo com o coordenador de Controle de Vetores da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Mauro Lúcio Rosário, as condições climáticas fomentam a transmissão de arboviroses como a Dengue, Zika e Chikungunya e, por isso, períodos quentes exigem mais atenção.

“A elevação da chuva e da temperatura em determinado mês “explica parcialmente o número de aumento de casos de doenças por arbovírus apenas dois ou três meses depois. Quanto mais chuva, mais recipientes com água, consequentemente mais mosquitos, mais transmissão, mais doentes e mais óbitos”.

O coordenador também destaca que, com o surgimento do sorotipo 3, espera-se uma epidemia de dengue ainda mais severa para 2024. Nesse caso, é indispensável a sensibilidade da população para eliminar criadouros e evitar a proliferação do mosquito transmissor.

Cuidados

Apesar de já conhecidos, as medidas para evitar a proliferação do Aedes aegypti devem sempre ser reforçadas. Segundo Mauro Lúcio Rosário, a mobilização da população deve ser constantemente incentivada, visto que as residências são os principais locais de acúmulo de água parada.

“Mais de 80% dos focos positivos do mosquito Aedes aegypti estão nas residências em ralos, calhas, caixa-d'água destampadas, plantas com água e a maior concentração dos problemas encontrados pelos agentes de combate às endemias, são resíduos sólidos (lixo) desprezados conscientemente pela população dentro de suas casas”.

Entre as orientações estão:

Evitar água parada, em qualquer época do ano, mantendo bem tampado tonéis, caixas e barris d’água ou caixas d’água;

Acondicionar pneus em locais cobertos;

Remover galhos e folhas de calhas;

Não deixar água acumulada sobre a laje;

Encher pratinhos de vasos com areia até a borda ou lavá-los uma vez por semana

Fazer sempre a manutenção de piscinas.

Ainda, é importante ficar atento aos sintomas da dengue, que incluem febre alta, dor de cabeça intensa, dor nas articulações e erupção cutânea. Em casos mais graves, o paciente pode apresentar também dor abdominal, vômitos persistentes, diarreia, desânimo e sangramento de mucosa.