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Sidrolândia

Drenagem no asfalto que afundou no Paineiras custa mais de R$ 500 mil

Flávio Paes/RN

07 de Fevereiro de 2021 - 19:47

Drenagem no asfalto que afundou no Paineiras custa mais de R$ 500  mil
A rua foi aberta numa área de preservação ambiental onde mina água   Foto: Marcos Tomé/RN

A Prefeitura de Sidrolândia vai gastar mais de R$ 500 mil caso decida executar um projeto de drenagem que rebaixe o lençol freático na Rua Luiz Bretan, no Jardim das Paineiras. Há duas semanas um trecho do asfalto da via afundou após a passagem de um caminhão carregado com uma carga de 30 toneladas. A rua foi aberta numa área de preservação ambiental, onde mina água quase na superfície e o solo é constituído de turfa, um brejo, que não oferece condições de compactação.

Há dois anos a empreiteira que executou o asfalto comunitário no bairro, apresentou o projeto ao custo de R$ 484 mil, mas foi descartado pela gestão da época que optou por uma solução mais barata que limitou em R$ 313 mil a contrapartida do município na obra bancada pelos 128 proprietários de imóveis que tiveram como contrapartida a isenção de IPTU por 5 anos.

O dono da GMC Engenharia, Genildo Mendes Gomes, já esteve na Prefeitura, se reuniu com o secretário de Fazenda, Luiz Carlos Alves "Pitó", quando apresentou o diagnóstico do problema de drenagem na rua e o que é necessário para que seja adotada uma solução duradoura. Por enquanto, ainda não há um posicionamento oficial da administração municipal que precisaria desenvolver um projeto, orçá-lo e licitar a obra que além de uma nova drenagem, envolveria refazer o pavimento em toda a extensão da rua.

Em princípio, quando a chuva der uma trégua, o solo estiver seco, a empreiteira vai refazer o aterro e o trecho do asfalto danificado, dentro das especificações previstas no contrato firmado com a Prefeitura. Durante a execução da obra foi preciso fazer algumas adequações no projeto que elevaram em R$ 41,9 mil a contrapartida da Prefeitura que só pagou o aditivo por imposição  da Justiça.

Em alguns trechos o solo brejoso teve de ser retirado e substituído por arenito, elevando os custos com terraplanagem, transporte e compactação do material.

No caso da rua Luiz Bretan, segundo o dono da GMC Engenharia, será preciso rebaixar o lençol freático, retirar a turfa, fazer um colchão drenante com pedras que funcionará como dreno para manter a água a pelo menos 1,5 metro da superfície. O Jardim das Paineiras foi o primeiro bairro (e até agora único) a receber o asfalto comunitário. Foram executados 500 metros de drenagem e 2,142 km de pavimentação nas ruas Rosendo Guardiano, Sonia de Almeida Ortencio, Pascoala Riquelme, Luiz Bretan, Juvenisio Faustino Silvério, Elcindo G. de Souza e Avenida Antero Lemes da Silva.

De um total de 160 imóveis, os proprietários de 128 aderiram ao projeto. A lei exige que para o asfalto comunitário ser implementado é necessária a adesão de 80% dos moradores. Em média, tomando como referência o preço de R$ 80,00 o metro quadrado no pagamento à vista (R$ 89,00 em caso de parcelamento, 30% de entrada e mais 9 parcelas) o morador dono de um terreno com 12 metros de testada, pagou R$ 3.840,00, a vista ou R$ 4.272,00, a prazo. Em contrapartida vai ter direito a 5 anos de isenção de IPTU, que gira em torno de R$ 1.200,00 por exercício. A obra custou em tornou R$ 1,390 milhão, com renúncia fiscal de R$ 1 milhão ao longo de 5 anos , período em que os moradores não pagarão imposto.