Associação denuncia hospital ao MPF após rapto de bebê

A Associação das Vítimas de Erros Médicos de Mato Grosso do Sul deve protocolar até amanhã denúncia contra o Hospital Universitário de Campo Grande, onde na última segunda-feira (6 de setembro) um bebê de apenas dois dias foi raptado.

Segundo Valdemar Morais de Souza, presidente da Associação, o Hospital Universitário deve ser denunciado por negligência no controle de visitantes. O ofício só pode ser encaminhado ao MPF porque o hospital é ligado à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

“Não queremos dinheiro, apenas uma forma de impedir que isso se repita. Como que pode hoje em dia, com o auxílio de câmeras, uma pessoa entrar no hospital e raptar um bebê? É revoltante”, diz.

A denúncia ao Ministério Público Federal foi um pedido do pai da criança. Segundo Valdemar Morais, a família procurou a Associação por se sentir humilhada com a falta de segurança do hospital. “Eles sofreram demais com o rapto da criança. Foi um trauma enorme para todos”, comentou.

Falhas – O diretor-geral do HU, o médico José Carlos Dorsa Pontes, disse em entrevista no dia do rapto que assim que a direção soube do caso, acionou os policiais. Ele também disse que HU tem câmeras de circuito interno, mas não captaram nenhuma imagem da mulher no momento do sumiço. Pontes acredita que ela tenha passado por alguma área de serviço durante a fuga.

De acordo com o médico, o fato não compromete a segurança do hospital e seria, apenas, a segunda vez que isso acontece no HU. Ele não deu detalhes de quando aconteceu o outro caso.

A direção irá abrir sindicância para apurar as falhas da segurança, já que é necessário preencher formulários e registros para entrar em certas áreas do hospital.