Incêndio já queimou 1.000 he no Pq do Pantanal do Rio Negro

Uma equipe composta por 29 homens do Corpo de Bombeiros e brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) seguiu na madrugada de hoje (9) para o Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro para combater um foco de incêndio. A previsão é que o grupo chegasse ao local no meio da manhã, em uma viagem de cerca de sete horas, passando pela Estrada Parque Pantanal e estrada pantaneira.

Em um sobrevoo ontem, foi identificado que as chamas ocorrem um ponto no entorno da sede do parque, e que estão com cerca de 600 metros de frente, em área de vegetação leve, popularmente chamada “varjão”. Aproximadamente 1.000 hectares foram queimados, mas ainda não é possível saber exatamente quando teve início o incêndio. Segundo os bombeiros pode ter sido há dois dias.

O grupo de combate é formado por um sargento, um cabo, um soldado e um tenente do Corpo de Bombeiros, que coordena a operação, 24 brigadistas treinados, e um especialista do Ibama que é instrutor do programa PrevFogo. Eles seguem em um comboio composto por cinco caminhonetes e um caminhão de transporte de materiais, incluindo conjunto moto-bomba e gerador de energia.

A existência do fogo foi comunicada ao Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), que confirmou no sistema de satélites a presença de três focos. À tarde, o chefe do Centro de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, major Francimar Vieira da Costa, chefe do Centro de Proteção Ambiental e um técnico da Gerência de Unidades de Conservação do Imasul sobrevoaram a região em um avião Cesna da Coordenadoria-Geral de Policiamento Aéreo do Estado. “O parque é muito grande. Então o nosso primeiro procedimento foi verificar, do alto, a situação, para podermos traçar a estratégia de combate”, explica o major Francimar.

O parque (fotos, durante um incêndio em 2008) tem uma área total de 73 mil hectares, abrangendo territórios de Aquidauana e Corumbá. Em linha reta, fica a uma distância de aproximadamente 200 quilômetros de Campo Grande, e cerca de uma hora e meia de vôo. Por terra, um dos acessos é pela BR-262 até o Passo do Lontra, seguindo pela Estrada Parque e pela Estrada Pantananeira. Conforme o chefe do CPA, somente nesse último trecho, são 60 quilômetros em terreno arenoso.

Trabalho integrado

A equipe de bombeiros da Capital, composta por especialistas capacitados no Curso de Prevenção e Combate a Incêndio Florestal (CPCiF), saiu às 2 horas. Em Aquidauana e Miranda se juntou a duas turmas de sete brigadistas. Outra brigada, de dez homens vindos de Corumbá, se reuniu ao grupo no Passo do Lontra. “Todos são brigadistas municipais contratados pelo Ibama, que passaram por treinamento e estão aptos a trabalhar nessa ação conjunta”, explica o comandante do CPA.

Além do ponto que ainda queima, o trabalho de combate vai dar atenção a área de 1.000 hectares que já teria sido consumida, e onde ainda há alguma fumaça. De acordo com o major Francimar Vieira, essa é uma parte importante do trabalho em terra, para evitar que o fogo retorne.

Além de combater o fogo, os bombeiros trabalharão depois com a realização da perícia para apurar causas e responsabilidades pela ocorrência.