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Sidrolandia

MPE finaliza pedido para intervenção em Dourados

Contudo, o procurador-geral acredita que o pedido, provavelmente, não será julgado hoje

Campo Grande News

08 de Setembro de 2010 - 09:18

O MPE (Ministério Público Estadual) está finalizando nesta quarta-feira o pedido de intervenção estadual em Dourados. Segunda maior cidade do Estados, Dourados teve o prefeito, vice, secretários e nove dos 12 vereadores presos durante a Operação Uragano (furação em italiano), realizada pela PF (Polícia Federal).

De acordo com o procurador-geral do MPE, Paulo Alberto de Oliveira, o pedido será avaliado pelo Órgão Especial do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). Nesta quarta-feira, será realizada sessão à tarde.

Contudo, o procurador-geral acredita que o pedido, provavelmente, não será julgado hoje. “Com a posse de um juiz com o prefeito interino a normalidades foi restabelecida. Ele tomou as providências para normalizar os serviços”, salienta.

A pedido do MPE, o TJ determinou a posse do juiz Eduardo Machado Rocha como prefeito interino no último sábado. Caso seja determinada a intervenção, o interventor será definido pelo governador André Puccinelli (PMDB).

Ontem, durante o desfile de 7 de Setembro, Puccinelli afirmou que sua preferência é pela continuidade do juiz como prefeito interino, sem necessidade de intervenção.

O prefeito afastado de Dourados, Ari Artuzi (PDT), permanece preso em Campo Grande. Ele é acusado de liderar o esquema de fraudes. De hospital a transporte, as licitações eram direcionadas para empresas “amigas”, que pagavam comissão.

Os valores arrecadados serviam para o pagamento de vereadores de Dourados, tanto da base aliada, quanto da oposição, para caixa de campanha, além da compra de bens pessoais ao prefeito.

Precatório - Na sessão do Órgão Especial de hoje os desembargadores devem analisar um pedido de intervenção estadual contra o município de Dourados pelo não-pagamento de precatório no valor de R$ 505.384,74.

O município informou que tem priorizado o pagamento de precatórios e que tem limites orçamentários para cumprir os pagamentos. A Procuradoria-Geral de Justiça se manifestou pelo indeferimento da decretação da intervenção.