Sidrolândia
Prefeitura identifica servidores, donos de imóveis e moradores de outras cidades entre os invasores
Só 7 famílias fizeram o cadastro, que as habilita a ter acessos benefícios sociais como o bolsa família, cesta básica ou até ao recebimento de um aluguel social.
Flávio Paes/Região News
20 de Julho de 2021 - 13:28
Uma força-tarefa formada pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Coordenadoria Municipal de Habitação e Urbanismo, inicipu o cadastramento das 120 famílias que ocupam desde maio uma área pública de 6 hectares no Diva Nantes.
O trabalho começou na manhã de hoje, deve terminar amanhã, mas os técnicos da Prefeitura já identificaram pessoas que vieram recentemente de outras cidades atraídas pela chance de ganhar um lote; famílias com imóvel e até servidores públicos. A Prefeitura tentou duas vezes cadastrar, sem sucesso, as famílias que majoritariamente não atenderam a convocação da Assistência Social.
Só 7 famílias fizeram o cadastro, que as habilita a ter acessos benefícios sociais como o bolsa família, cesta básica ou até ao recebimento de um aluguel social por até 3 meses. A triagem de hoje foi acertada com a anuência do líder do grupo, Wilson Vasques, numa reunião com o Ministério Público, da Defensoria e da representante da juíza Silvia Eliane Tedardi.
Concluído o cadastramento, será cumprida a decisão da justiça de reintegração de posse da área adquirida para a construção de um conjunto habitacional de 115 casas. Sem a desocupação a Caixa Econômica Federal não vai aprovar o financiamento e viabilizar o projeto habitacional.
Na avaliação da coordenadora de Habitação, Juliana Zorzeto, no máximo 15 famílias invasoras se enquadram nos critérios para ter acesso aos projetos habitacionais destinados à população de baixa renda. Um detalhe chamou atenção de Juliana e do pessoal da Assistência Social, quando chegaram na ocupação hoje por volta das 7 horas.
Havia pouca gente nos barracos. As pessoas foram chegando à medida que a manhã avançou, numa evidência de que tem casa e simplesmente aderiram à ocupação na expectativa de ganhar um terreno.
No grupo estão pessoas como catador de material reciclável Laucidio Nelos Avalo, 57 anos. Ele viu na ocupação uma oportunidade de se livrar do aluguel de R$ 600,00, valor que representa metade do seu orçamento doméstico. Laucidio vive com a mulher Jucimara, de 47 anos e cria a neta.
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